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Pelo menos quatro mortos em explosão na capital da Somália

Foto DR
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Pelo menos quatro pessoas morreram e várias outras ficaram feridas devido à explosão de uma bomba na capital da Somália, Mogadíscio, referiram responsáveis locais e testemunhas.

De acordo com o responsável local Mahad Shirlaawe, citado pela agência France-Presse, a "enorme explosão" que atingiu o seu veículo matou vários vendedores de rua.

"Deus salvou-nos da tragédia, mas civis inocentes que tinham atividades à nossa volta foram mortos. Quatro pessoas foram mortas, várias ficaram feridas, algumas com gravidade", disse Shirlaawe.

Testemunhas disseram à agência noticiosa que uma mãe e o seu filho mais novo estavam entre as vítimas mortais.

"Foi horrível (...), ela estava a vender roupa numa loja próxima da estrada no momento da explosão. Ela morreu no local, quando detritos lhe atingiram a cabeça", afirmou Saleban Ali, uma testemunha.

Mohamednur Ada, outra testemunha, disse ter visto uma criança ao lado do corpo de uma mulher.

Shirlaawe culpou os islamitas somali do Al-Shabab pelo ataque, que ainda não foi reivindicado.

O Al-Shabab, grupo associado à Al-Qaida e que se opõe ao Governo federal da Somália, pretende a imposição da 'sharia', tendo feito vários ataques na região e no país, assim como no vizinho Quénia.

Em 14 de outubro de 2017, o grupo fez explodir um camião na capital somali e provocou a morte a mais de 500 pessoas.

O grupo extremista reclamou ainda ter planeado um ataque a um complexo de luxo na capital do Quénia, Nairobi, que matou 21 pessoas em janeiro de 2019.

Em março do mesmo ano, pelo menos 32 pessoas morreram durante um ataque com um camião-bomba em Mogadíscio.

Mais recentemente, o grupo reivindicou a responsabilidade pela explosão, no início de março, de uma bomba num riquexó motorizado à porta de um popular restaurante na capital e que resultou na morte de 10 pessoas.

Desde 1991 que a Somália vive num estado de guerra e caos, depois do autocrata Mohamed Siad Barre ter sido deposto, deixando o país sem governo e nas mãos de milícias islâmicas e de senhores da guerra.