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Covax distribui 3 milhões de doses de vacinas no Médio Oriente e norte de África

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Foto AFP

A plataforma Covax, criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para garantir uma distribuição equitativa das vacinas anti-covid-19, já distribuiu três milhões de doses numa dezena de países do Médio Oriente e norte de África.

"O mecanismo da Covax distribuiu, até agora, mais de três milhões de doses de vacinas [contra a] covid-19 em 10 países do Médio Oriente e norte de África", afirmou hoje o diretor da Unicef para o Médio Oriente e norte da África, Ted Chaiban, durante uma conferência da unidade da OMS para o Mediterrâneo Oriental.

Nessa região, que inclui 22 países, - desde Marrocos ao Afeganistão -, já foram administradas 20 milhões de doses, entre as fornecidas pela Covax e as que os governos compraram diretamente às farmacêuticas, adiantou o diretor regional da OMS, Ahmed al Mandhari.

O responsável alertou, no entanto, que "a escassez mundial de vacinas levou a atrasos na obtenção de dezenas de milhões de doses disponíveis para a Covax", tendo admitido estar preocupado com "a desigualdade das vacinas e da sua distribuição em toda a região".

"Há muitos países ricos nesta região e ao redor do mundo que garantiram mais vacinas do que precisam", disse Al Mandahri, que apelou "a esses países para que partilharem essas doses [a mais], especialmente com os países desta região que têm recursos limitados", disse sem referir nenhum Estado em particular.

Enquanto alguns países receberam muito poucas vacinas, como o Iémen - um país em guerra e afetado por uma grave crise humanitária - que recebeu s suas primeiras 360 mil doses na quarta-feira, outros, como os Emirados Árabes Unidos, já que administraram 84 doses por cada 100 habitantes.

Al Mandhari sublinhou ainda que a região regista atualmente "uma tendência preocupante de aumento" do número de infeções por covid-19 e que houve "um aumento significativo de casos nesta semana em comparação com a [semana] anterior" em 14 países, liderados pela Jordânia, Irão e Iraque.

Por sua vez, Chaiban atribuiu essa tendência ao facto de a população não respeitar as medidas de proteção adotadas pelas autoridades e avisou que a situação pode agravar-se com a chegada da Semana Santa e do Ramadão, mês sagrado dos muçulmanos, cujo início acontece em 13 de abril.