Observações sobre “Sportinguices”

Ocupar as páginas do Diário de Notícias da Madeira com invejas (ou invejidades para melhor compreensão de quem escreve as suas invejas) é triste, lamentável e digno da diarreia emocional notada por um leitor/comentador, mas quando as invejas são por o Sporting Clube de Portugal estar em primeiro, chega a ambivalência: ora sinto pena de quem assim se sente, ora sinto uma enorme vontade de rir às gargalhadas.

O vencedor da Liga ainda está longe de estar definido, caros leitores. Sim, sou sportinguista e adoraria ver o meu clube vencer. Contudo, não foi só agora que tirei o meu cachecol do armário. Tivemos muitos momentos maus, momentos assim-assim, mas também momentos muito bons e, no entanto, nenhum teve a ver com o primeiro lugar da Liga. Já estivemos perto muitas vezes e por diversas razões não o alcançámos. Temos todos consciência de que uns têm vencido esta competição mais que os outros (por diversas razões, igualmente) e há a salientar que o primeiro lugar não é lugar natural para ninguém: Há que trabalhar para ele! Ser grande (caro leitor, o que é essa mania de colocar maiúsculas a meio de uma frase numa palavra que não tem sentido assim) não se define só por ganhar campeonatos. O Sporting é grande por muitas razões! É estranho termos tantos adeptos? Talvez para si, mas pense, o que o define como um bom marido, um bom pai e um bom trabalhador é apenas um aspecto (Sou pontual, logo sou o maior!)? Claro que não! E mais! Qualquer dia o Sporting de Braga vence um Campeonato e não é dos clubes que tenha todos os requisitos de grande. Grande deve ser a nossa capacidade de aceitação. Não achar a alegria dos outros desfaçatez. Quanto a nós, sportinguista com os seus sportinguismo: Assobiem para o lado!

Lucas Rodrigues