Madeira

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Boa noite!

A rapidez com que correm as notícias obrigam a atenção redobrada por parte de quem deve intervir de forma assertiva e atempada no panorama mediático para que as dúvidas não ganhem lastro e as incertezas sejam dissipadas.

Há quem tenha sentido de oportunidade e actue em cima do acontecimento. Há quem tenha assessorias lúcidas e atentas à actualidade. Há quem domine a agenda e consiga travar o boato.

Mas também há alienados, porventura entretidos com trivialidades e comentários sem nexo, com a ficção nacional ou com sonhos adiados, que deixam passar o momento, perdem o timing e quano acordam já não há nada a fazer.

Uns e outros actuaram hoje.

No primeiro caso, esteve bem o secretário do Turismo ao garantir não haver qualquer impedimento para os continentais viajarem até à Madeira. Eduardo Jesus apercebeu-se que alguns media nacionais haviam semeado a garantia que os residentes em Portugal Continental não poderiam viajar até à Madeira no período da Páscoa, ao abrigo da Declaração do Estado de Emergência e sem demoras arrumou o assunto, assegurando que as deslocações de cidadãos estrangeiros e nacionais, quer vivam ou não na Região, estão permitidas até porque a Madeira mantém em vigor todas as medidas de segurança implementadas no âmbito do combate à pandemia. 

No segundo caso esteve mal o PS-M, porventura já de férias pascais. A menos que seja opção de risco calculado, nada dizer sobre as provocações feitas hoje por Pedro Calado permite leituras pouco abonatórias. Ouvir sem ripostar o vice-presidente do Governo da Madeira a elogiar o papel do deputado socialista madeirense na Assembleia da República, Carlos Pereira, na obtenção do consenso que permitiu viabilizar as alterações ao regime da Zona Franca apresentadas pelo PSD; a alegar que o mesmo “deu uma grande bofetada de luva branca e ensinou a estes senhores que acima de qualquer guerrinha partidária tem de estar os interesses da Madeira”; e a insinuar que se houve entidades que ao longo deste tempo todo fizeram um trabalho negativo em cima do Centro Internacional de Negócios, pondo em causa os milhares de postos de trabalho da Zona Franca, foi o PS-M, é motivo de gozo agravado e até de desconsideração pelos diversos socialistas que também se bateram pelos méritos do CINM.

Será nos detalhes que se decidem os próximos confrontos eleitorais, como se perceberá na sondagem que será divulgada no DIÁRIO esta sexta-feira. Mas há quem já durma sobre o assunto.