Foi com grande pesar que li hoje (10 de fevereiro) a notícia da sua morte e imediatamente senti a necessidade de expressar a minha admiração por Ele e expressar publicamente a merecida distinção pela obra que deixou feita, em muitas igrejas e capelas da Madeira.

O Mestre Jorge era um Homem duma humildade ímpar. Para ele trabalhar a madeira não havia obstáculos. Utilizava as ferramentas de entalhador, como o escritor usa a caneta. Tudo era fácil. Ele sabia que sabia. Tinha orgulho no seu trabalho e fazia-o com amor e dedicação, nunca se gabando do que tinha feito.

O Mestre Jorge trabalhou no restauro do Palácio de São Lourenço, mas os Monumentos Nacionais, acharam por bem, virem à Madeira para avaliar as qualidades do mestre. Evidentemente que se renderam, pois em Lisboa não tinham melhor.

Vou lembrar-me sempre do Mestre Jorge, figura humilde, com um pequeno embrulho na mão, talvez alguma ferramenta.

À família, em particular à sua mulher, um abraço muito sentido.

Manuela Aranha