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Orgulho LGBTIQ volta a marchar em Buenos Aires e exige lei mais abrangente

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O Orgulho LGBTIQ+ regressou hoje às ruas de Buenos Aires para a tradicional marcha anual, desta vez centrada num apelo para que seja aprovada uma lei abrangente para pessoas transgénero.

A 30.ª Marcha do Orgulho LGBTIQ+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Intersexo e 'Queer') decorreu entre a Praça de Maio, em frente ao edifício do executivo argentino, e a Praça dos Dois Congressos, com palcos em ambos os extremos do percurso para os grupos musicais atuarem.

A manifestação de rua, que no ano passado se realizou virtualmente por causa da pandemia de covid-19, tem como lema este ano "Lei trans abrangente agora", embora também tenha expressado outras exigências, tais como a aprovação de novos regulamentos que deem uma resposta abrangente às doenças sexualmente transmissíveis.

"A bandeira LGBTI+ voa por todo o país com grandes motivos para celebração. Depois de tanto, um coletivo que tem o nosso compromisso de continuar a trabalhar por uma sociedade mais justa, livre e igualitária regressa às ruas", disse o Presidente argentino, Alberto Fernández, através da sua conta na rede social Twitter.

A mobilização é organizada por cerca de 60 entidades sociais e políticas, incluindo federações e associações com representação a nível nacional.

A marcha, que se realiza na Argentina desde 1992, encerra a "Semana #OrgulloBA", que incluiu um extenso programa de atividades sociais e culturais em Buenos Aires, centrado no tema da diversidade e igualdade de direitos para as pessoas LGBTIQ+.

"Este novembro, como todos os meses do Orgulho, marchamos pelos direitos de todos, pelas lutas dos movimentos LGBTI+ e pela riqueza e força da nossa diversidade", disse Elizabeth Gómez Alcorta, ministra da Mulher, Género e Diversidade da Argentina.

A lista de exigências para esta edição da marcha inclui também a implementação efetiva da lei sobre educação sexual abrangente e um pedido de "respeito" pela "diversidade sexual arromântica".

Além disso, são expressas críticas contra o Fundo Monetário Internacional (FMI), a organização com a qual a Argentina está a negociar o refinanciamento de dívidas multimilionárias, um dos quinze pontos incluídos na lista de reivindicações elaborada pelo comité organizador da marcha.

O movimento pede também a legalização do cultivo e consumo de marijuana, a descriminalização da simples posse de droga e uma nova lei dos narcóticos.