Desporto

Miguel Oliveira tenta melhorar a história mundialista

Foto Mirco Lazzari gp/Getty Images/AFP
Foto Mirco Lazzari gp/Getty Images/AFP

O português Miguel Oliveira (KTM) chega ao Grande Prémio do Algarve de MotoGP, 17.ª e penúltima prova do campeonato do mundo de motociclismo de velocidade, com a possibilidade de melhorar a melhor classificação de sempre no Mundial.

Após 16 provas, Miguel Oliveira soma 92 pontos, ocupando a 10.ª posição do campeonato, mas ainda pode, matematicamente, chegar ao sexto lugar do espanhol Marc Márquez (Honda), seis vezes campeão do mundo, que tem 142 e vai falhar a prova algarvia devido a lesão.

O piloto de Almada tem como melhor classificação de sempre na classe rainha do Mundial de velocidade o nono lugar alcançado em 2020, depois de ter sido também 17.º no ano de estreia, em 2019.

A duas provas do final, o piloto da KTM está a 14 pontos do nono, atualmente ocupado pelo espanhol Maverick Viñales (Aprilia), quando estão ainda em disputa 50 pontos.

O espanhol Aleix Espargaró (Aprilia) é o oitavo, a 21 pontos do português, que em 2020 somou a segunda vitória da temporada na estreia da pista algarvia na competição.

Miguel Oliveira teve um início discreto de campeonato em 2021, com nove pontos nas primeiras cinco corridas -- incluindo o 16.º posto no Grande Prémio de Portugal, da terceira etapa.

Mas, a partir do Grande Prémio de Itália, em que foi segundo classificado, subiu de forma, registando, ainda a vitória no Grande Prémio da Catalunha e o segundo lugar na Alemanha, sétima e oitava provas, respetivamente.

O Grande Prémio da Estíria, onde tinha conquistado a primeira vitória no ano passado, marcou o início das 'tormentas', com o piloto de Almada a fraturar o pulso direito após uma queda sofrida nos treinos livres.

Como o próprio piloto admitiu esta semana, em entrevista ao sítio oficial do MotoGP na Internet, essa lesão "afetou mais do que o esperado" o rendimento, ao conquistar apenas sete pontos nas sete corridas seguintes, pontuando em apenas duas delas.

O piloto da KTM chega ao "seu" circuito com sinais de uma melhoria de forma, depois de ter lutado pelos lugares do pódio em Misano, em Itália, onde sofreu uma queda que o deixou fora de prova já perto do final.

Apesar do mau resultado, a confiança está em crescendo, sobretudo num circuito em que foi o grande protagonista em 2020, ao conquistar o 'Grand Chelem', ao juntar a liderança durante toda a corrida à 'pole position' e conseguindo a volta mais rápida, naquela que foi a sua segunda vitória na competição.

Tradicionalmente, Miguel Oliveira alcança melhores resultados nas derradeiras corridas do campeonato.

Foi assim em 2015, quando conseguiu dois segundos e três vitórias nas últimas cinco corridas do Mundial de Moto3, em 2017, ao vencer as últimas três corridas do ano em Moto2, em 2018 (segundo lugar e vitória nas duas últimas provas) e em 2020, que fechou com a vitória no Algarve.

Agora, na terceira visita do campeonato ao AIA em dois anos, Miguel Oliveira terá, pela primeira vez, o apoio do público, no que será um fator acrescido de motivação numa pista que conhece como poucos.