Madeira

Pobreza não se resolve “enquanto não houver consciencialização política desta situação”

Declaração do padre Agostinho Joaquim Moreira no Fórum Regional de Combate à Pobreza – ‘Exercer a consciência e a participação’

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A Rede Europeia de Luita Anti-Pobreza em Portugal considera que os políticos não estão devidamente sensibilizados para o que é necessário fazer para combater o fenómeno, não só em Portugal, mas em toda a Europa, onde existem 92 milhões de pobres.

Mas para que a consciência, entre os decisores, seja maior, também é necessário que os pobres se façam ouvir e lutem por sair dessa condição. “Os pobres não têm essa organização. Enquanto não houver a consciencialização política desta situação, não vai lá”, afirmou o padre Agostinho Joaquim Moreira, na abertura do Fórum Regional de Combate à Pobreza – ‘Exercer a consciência e a participação’, que se realizou, hoje, em Câmara de lobos, no Museu de Imprensa.

“Eu estou muito contente na Madeira, porque o senhor presidente (do Governo Regional), já há algum tempo, propôs que houvesse três projectos-piloto: um aqui em Câmara de Lobos; em São Vicente e outro no Porto Santo. Espero que esta abertura do senhor presidente do Governo Regional possa ser implementada, para que possamos encontrar as formas sustentáveis de poder mudar as coisas.”

A secretária dos Assuntos Sociais, também presente, disse que sim. Rita Andrade garantiu que o protocolo, a que se referiu o padre, assinado aquando da sua primeira passagem pelo Governo, vai mesmo para a frente.

Rita Andrade para a região e Pedro Coelho, para Câmara de Lobos, reconheceram a existência do fenómeno da pobreza, mas garantiram que muito tem sido feito para a combater. Um trabalho que vai ser continuado.