Madeira

Carlos Pereira entra para julgamento de "consciência tranquila"

Presidente do Marítimo é um dos cinco acusados de crimes de fraude fiscal e fraude contra a Segurança Social.

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Começou o julgamento da sociedade anónima desportiva do Marítimo e de cinco dirigentes, acusados dos crimes de fraude fiscal qualificada e fraude contra a Segurança Social.

Carlos Pereira, Rui Nóbrega Gonçalves, Ivo Martins, Rui Sá e Jacinto Vasconcelos são acusados no julgamento do ano na Madeira decorre no Juízo Central Criminal do Funchal, com Teresa de Sousa a presidir ao colectivo de juízes.

À entrada para o julgamento Carlos Pereira garantiu que está de "consciência tranquila" e que trabalha há 36 anos "pro bono para o Marítimo". 

Para além dos cinco arguidos há sete advogados na sala de audiências. Um deles representa a Segurança Social, que foi alegadamente lesada com o suposto esquema de pagamento de salários a jogadores e treinadores através de paraísos fiscais.

Além da sessão desta terça-feira, estão agendadas audiências para quarta-feira e quinta-feira. E já estão marcadas outras duas sessões para Fevereiro e três para Março. Promete ser um julgamento moroso, tal como o foi o do Clube Desportivo Nacional, que se prolongou por mais de um ano.

A SAD do Marítimo e os dirigentes Carlos Pereira, Rui Nóbrega Gonçalves, Ivo Martins, Rui Sá e Jacinto Vasconcelos são acusados pelo Ministério Público de operarem um esquema que permitiu pagar 6,4 milhões de euros em remunerações de jogadores e técnicos da equipa de futebol profissional por ‘baixo da mesa’, fugindo ao pagamento de 1,6 milhões de euros de IRS à Autoridade Tributária e de 559 mil euros de contribuições à Segurança Social. Os supostos pagamentos por ‘baixo da mesa’ ocorreram entre os anos de 2001 e 2005 e implicaram o recurso a empresas e contas bancárias nos paraísos fiscais das Ilhas Virgens Britânicas e Cayman.

O inquérito da Marítimo SAD teve início em 2004, no âmbito da ‘Operação Furacão’, realizada pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e que foi a maior investigação a fraudes fiscais no nosso país.

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