Presidência decapitada

O Presidente da República, como Supremo Magistrado da Nação, mesmo quando independente ou proposto por uma formação partidária, uma vez eleito, passa a ser o Presidente de TODOS OS PORTUGUESES. Por isso, no exercício do seu cargo, distinguir grupos e categorias de portugueses excluindo-os dessa representatividade, revela falta de sentido de Estado e puro chauvinismo. Mas o mais grave disto tudo é o perigo de perseguição que se prenuncia, quando eleito, contra as pessoas e agrupamentos relativamente aos quais o candidato se insurge, na perspetiva “de quem não gosto ou não é por mim é contra mim, logo é preciso eliminá-lo”. Assim nasceram as ditaduras, com falinhas mansas, sob a capa de democracia anti-sistema. Fica o alerta.

António Bernardo Colaço

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