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Os 27 países da União Europeia (UE) reúnem-se hoje, ao mais alto nível político, para coordenar respostas à nova variante do SARS-CoV-2 descoberta no Reino Unido, numa reunião de emergência convocada pela presidência alemã do Conselho.

Trata-se de uma "reunião urgente" do Mecanismo Integrado da UE de Resposta Política a Situações de Crise (IPCR), que tem como único ponto da agenda a "coordenação das respostas da UE à recém identificada variante da covid-19 no Reino Unido", segundo o porta-voz da presidência alemã, Sebastian Fischer.

A reunião é realizada por videoconferência, dada a pandemia de covid-19, e arranca pelas 11:00 de Bruxelas (10:00 em Lisboa).

Da reunião de hoje de manhã deverá resultar uma abordagem coordenada à nova variante do coronavírus que provoca a covid-19, numa altura em que os Estados-membros equacionam medidas como a suspensão de viagens com o Reino Unido ou a introdução da obrigatoriedade de realização de testes para quem chega do país.

Alguns países já anunciaram medidas, entre os quais Portugal, que decretou, a partir de hoje, restrições à entrada de passageiros de voos provenientes do Reino Unido, permitindo apenas a entrada de cidadãos nacionais ou legalmente residentes no país.

Outros Estados-membros como Alemanha, Holanda, Bélgica, Itália, Áustria, França e Bulgária adotaram medidas restritivas semelhantes, como suspensão de viagens aéreas ou ferroviárias.

As autoridades britânicas alertaram a Organização Mundial da Saúde sobre a descoberta da nova variante do SARS-CoV-2, que é mais facilmente transmissível, embora não haja provas de que seja mais letal ou que possa ter impacto na eficácia das vacinas desenvolvidas.

A reunião ocorre no dia em que a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) deve aprovar o uso da vacina da Pfizer-BioNTech contra a covid-19 na UE, numa reunião que foi antecipada depois de estar inicialmente agendada para 29 de dezembro.

A entidade que regula a aprovação de medicamentos na UE justificou esta antecipação da reunião por ter recebido dos laboratórios farmacêuticos a informação adicional sobre a vacina.

A antecipação da data da reunião para hoje surge, contudo, depois de o ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, ter pressionado o regulador europeu a acelerar a aprovação do fármaco.

A Comissão Europeia já assinou contratos com as companhias de vacinas AstraZeneca (300 milhões de doses), Sanofi-GSK (300 milhões), Johnson & Johnson (200 milhões), BioNTech e Pfizer (300 milhões), CureVac (405 milhões) e Moderna (160 milhões).

Recentemente, a presidente da Comissão Europeia exortou a UE a iniciar "tão cedo quanto possível" uma campanha de vacinação contra a covid-19, a arrancar em simultâneo nos 27 Estados-membros, para assegurar a erradicação do "vírus horrível".

Na quinta-feira, também a ministra da Saúde, Marta Temido, adiantou que a vacinação contra a covid-19 pode começar em 27 de dezembro em Portugal, com a vacina desenvolvida pela Pfizer/BioNTech.

CULTURA

A entrada do hemisfério norte no inverno é assinalada em Portugal com um ciclo de cinema feito apenas de curtas-metragens, a condizer com o dia mais curto do ano.

O ciclo "O dia mais curto do ano" é uma iniciativa da Agência da Curta-Metragem e consiste numa proposta de várias sessões de cinema, compostas apenas por filmes curtos, portugueses e estrangeiros e nos mais diversos géneros, para celebrar este formato cinematográfico e assinalar o solstício de inverno.

Toda a programação de "O dia mais curto do ano" está em odiamaiscurto.curtas.pt.

Os escritores José Viale Moutinho, Francisco Duarte Mangas e Helena Carvalhão Buescu recebem hoje, numa cerimónia na sede da Associação Portuguesa de Escritores, em Lisboa, três prémios, já antes anunciados, que contam com o patrocínio da Câmara Municipal de Famalicão.

José Viale Moutinho foi galardoado com o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco, em 2018, pela obra "Monstruosidades do Tempo do Infortúnio", enquanto Francisco Duarte Mangas venceu a edição de 2019 com "Pavese café Ceuta". Já Helena Buescu conquistou o Grande Prémio de Ensaio Eduardo Prado Coelho com "O Poeta na cidade -- A Literatura na História".

Os três prémios contam, cada um, com um valor monetário de 7.500 euros.

DESPORTO

Benfica, FC Porto, Sporting e Sporting de Braga conhecem o alinhamento das meias-finais da 14.ª edição da Taça da Liga de futebol.

Os quatro primeiros classificados da I Liga superaram os adversários nos quartos de final e avançaram para a 'final four', que vai ser disputada entre 16 e 23 de janeiro de 2021, em Leiria.

O Sporting de Braga é o detentor do troféu, que já tinha conquistado em 2012/13, tantas quanto o Sporting, em 2017/18 e 2018/19, enquanto o Benfica é o recordista de triunfos, com sete.

Santa Clara e Vitória de Guimarães discutem o quinto lugar da I Liga de futebol, num jogo da 10.ª jornada em que os minhotos procuram consolidar a última posição europeia, mas também poderão ser igualados pelos açorianos.

A equipa vimaranense totaliza 16 pontos e pode mesmo ultrapassar de forma provisória o Sporting de Braga, quarto classificado, que soma 18, mas só entrará em "cena" na terça-feira, quando receber o Rio Ave, na partida de encerramento da ronda.

O Santa Clara, sétimo, com 13 pontos, poderá igualar o Guimarães, caso se imponha em Ponta Delgada, onde, em cinco jogos para o campeonato entre as duas equipas, os minhotos têm como melhor resultado um empate, conquistado na época passada.

A liderança da prova continua a ser ocupada pelo Sporting, que no sábado venceu por 1-0 na receção ao Farense, seguido pelos rivais Benfica e FC Porto.

Os 'encarnados' impuseram-se no domingo no estádio do Gil Vicente, por 2-0, poucas horas antes de os 'azuis e brancos' vencerem na receção ao Nacional, pela mesma margem, o que deixa o vice-campeão e o campeão em título, respetivamente, a dois e quatro pontos de distância do rival 'leonino'.

INTERNACIONAL

O Governo da Bielorrússia restringe, a partir de hoje, a saída do país aos nacionais e estrangeiros residentes como medida para combater a pandemia de covid-19, medida que afeta as estradas, ferrovias e portos fluviais e exclui o transporte aéreo.

A medida não afeta diplomatas, motoristas de transporte internacional, nem os que viajam para visitar pessoas gravemente doentes ou para participar em funerais, bem como as que viajem em trabalho ou estudo.

Desde 01 de novembro, os estrangeiros podem entrar na Bielorrússia apenas por via aérea, desde que o façam através do Aeroporto Internacional de Minsk.

O regulamento do Governo determina que os bielorrussos que retornem ao país terão de cumprir uma quarentena de dez dias, enquanto os estrangeiros terão de apresentar um certificado recente do teste PCR negativo.

Segundo as autoridades sanitárias bielorrussas, desde o início da epidemia no país, houve mais de 170.000 casos positivos do novo coronavírus e mais de 1.300 óbitos.

A oposição tem denunciado que o Governo manipula as estatísticas e esconde a magnitude da pandemia no país.

O Conselho de Segurança da ONU debate a questão do Saara Ocidental pela primeira vez desde a recente rutura do cessar-fogo e o reconhecimento pelos Estados Unidos da soberania de Marrocos sobre este disputado território.

A sessão, que segundo fontes diplomáticas foi solicitada pela Alemanha, terá por tema "A situação no Saara Ocidental", que opõe Marrocos e o movimento independentista Frente Polisário, e está prevista uma exposição pela secretária-geral adjunta da ONU para os Assuntos Políticos, Rosemary DiCarlo. ´

Marrocos controla 80% deste território desértico de 266.000 quilómetros quadrado, e apenas admite uma autonomia sob a sua soberania.

A Polisário pretende um referendo sobre a autodeterminação previsto pelo acordo de cessar-fogo assinado em 1991 através de mediação da ONU, após 16 anos de guerra.

LUSOFONIA E ÁFRICA

O Observatório da Emigração divulga as linhas gerais do seu relatório relativo a 2019, numa sessão com intervenção no encerramento da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes.

A sessão decorre a partir das 09:30, no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa.

Por resolução da Assembleia da República, o relatório anual sobre emigração deve conter informação relativa ao número de cidadãos que saem do país, os países de destino dos emigrantes portugueses e outros elementos de caráter socioeconómico.

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