Madeira

PCP afirma que GR não é capaz de responder aos problemas dos trabalhadores

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Ricardo Lume considera que o "agravamento da situação económica e social na RAM com o aumento dos despedimentos, das não renovações dos contratos a prazo e consequente aumento do desemprego demonstra que, os apoios anunciados pelo Governo Regional para garantir a manutenção dos postos de trabalho não estão a ter efeito prático". As declarações surgiram no final da reunião da Direcção Organização da Região Autónoma da Madeira (DORAM)-

No encontro que serviu para analisar a situação económica e social na Região e os desafios no combate ao surto epidemiológico covid-19, o comunista referiu que "apesar dos muitos milhões de euros que estão a ser disponibilizados para as empresas com o objectivo de manter o emprego, o que está a acontecer na nossa Região é que empresas que tiveram apoios para manter postos de trabalho agora estão a despedir trabalhadores".

"É lamentável que o próprio Presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque,  quando existe no mês de Setembro um aumento de 30% no número de desempregados, relativamente ao período homólogo de 2019, considere que é apenas um pequeno aumento do desemprego. Na prática, são mais 4.478 pessoas em situação de desemprego. Na Região,  actualmente, existem 19.338 trabalhadores inscritos no Instituto de Emprego, se a estes somarmos os cerca de 1.500 trabalhadores desempregados que estão em formação que são retirados das estatísticas e os cerca de 800 trabalhadores desempregados que estão neste momento em programas de ocupação de desempregados, estamos muito próximo das previsões mais catastróficas do Governo Regional relativamente ao desemprego, que apontam para que, na pior das hipóteses,  no final do ano a Madeira poderá vir a ter 25.500 desempregados", indicou.

Ricardo Lume acredita que "estes dados são  ainda mais preocupantes quando sabemos que apenas 5.000 destes trabalhadores desempregados é que auferem subsídio de desemprego e que existem milhares de trabalhadores a recibos verdes que, apesar de não estarem a trabalhar e sem remuneração por não terem ainda cessado actividade, não integram as estatísticas do desemprego".

Por esta razão, Lume acredita que "os trabalhadores com vínculos precários continuam a ser os que estão mais vulneráveis às situações de desemprego e só no passado mês de setembro representaram mais de 40% do total de desempregados inscritos no Instituto de Emprego da Madeira".

"Esta realidade demonstra que não só a actual estratégia do Governo Regional no âmbito das medidas para manter os postos de trabalho, devido aos impactos negativos da pandemia COVID-19 não está a resultar, mas também demonstra que a política seguida na região nas ultimas décadas baseada, na precariedade laboral e nos baixos salários está agora a demonstrar-se catastrófica para os madeirenses e porto-santenses", conclui.

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