Madeira

Peso da despesa em Investigação cresceu no PIB da RAM mas abaixo da média nacional

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Em 2018, o peso da despesa em investigação e desenvolvimento (I&D) no Produto Interno Bruto (PIB) da Região Autónoma da Madeira foi de 0,39%, mais 0,04 pontos percentuais (p.p.) do que em 2017 (que registou 0,35%). Apesar do  crescimento, o valor mantém-se abaixo da média nacional.

A conclusão é da série retrospetiva da Ciência e Tecnologia na Região Autónoma da Madeira (RAM), referente ao ano de 2018, divulgada hoje (27 de Novembro) pela Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM).

A DREM salienta que 0,39% é o valor mais elevado deste indicador, cuja série tem início em 2010.

Em 2018, a despesa em investigação e desenvolvimento (I&D) no PIB em Portugal foi de 1,36%

Estabelecendo uma comparação com as restantes regiões do país, observa-se que na Região Autónoma dos Açores (RAA) foi de 0,32% e no Algarve de 0,34%, ambas um valor inferior ao da RAM.

A Área Metropolitana de Lisboa (1,63%) e o Norte (1,53%) surgem como as regiões com melhor performance neste indicador.

No que se refere à proporção de pessoal (equivalente a tempo integral) em I&D na população activa era, em 2018, de 4,00 em cada mil activos, representando o valor mais alto em todo o período da série 2003-2018.

Por sua vez, o rácio para os investigadores fixou-se nos 0,30%, correspondendo também a um máximo.

Segundo a DREM, em 2018, na RAM, foram contabilizadas 60 unidades de investigação, que empregavam 539 pessoas (medidas em tempo integral), sendo o valor mais elevado da série para o indicador.

A maior parte destes efectivos concentrava-se no Ensino Superior (43,3%), seguindo-se as Empresas (35,1%) e o Estado (21,2%), onde está incluída a Administração Pública Regional e a Administração Local.

O valor da despesa em I&D rondou, em 2018, os 19,0 milhões de euros, +13,7% que no ano precedente (16,7 milhões de euros), retomando deste modo o crescimento interrompido em 2016. Foi também o Ensino Superior que liderou as atividades de I&D na RAM no que se refere à despesa executada, realizando 43,7% da despesa naquela vertente, seguido das Empresas (32,1%) e do Estado (23,8%).

Em todos os anos da série com dados disponíveis, o Estado tem-se apresentado como o principal financiador da despesa em I&D na RAM, concentrando quase dois terços (65,0%) do total em 2018, seguido das empresas com 21,7%. O financiamento do Estado ultrapassou os 12,3 milhões de euros, +24,2% que em 2017, destaca a mesma fonte.

Quanto às áreas científicas ou tecnológicas onde foi realizada a despesa na RAM em I&D, desde 2011 que as ciências sociais, humanidades e artes se destacam face às outras áreas. Em 2018, a despesa realizada em I&D nesta área científica situou-se nos 3,6 milhões de euros, seguindo-se as ciências de engenharia e tecnologia, com 2,5 milhões de euros e as ciências naturais, com 2,3 milhões de euros.

No período 2016-2018, 33,5% das empresas da RAM apresentaram atividades de inovação, proporção que supera a média nacional (32,4%) em 1,1 pontos percentuais (p.p.). Quanto à intensidade de inovação das empresas da Região - indicador que corresponde à percentagem da despesa total de inovação no volume de negócios das empresas que declararam despesas de inovação - a mesma foi de 3,2% no período 2016-2018, 1,7 p.p. acima da percentagem observada para o país (1,5%).

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