Turismo

Hotelaria madeirense cresce abaixo da média nacional

Entre Janeiro e Julho dormidas cresceram 4,7% na Região e 10,8% no País

A hotelaria madeirenses continua em terreno positivo, registando nos primeiros sete meses do ano mais 4,7% de dormidas face ao período homólogo de 2013. No mesmo período ostenta um acréscimo de 9,1% nos proveitos totais e 6,1% nos hóspedes entrados.

Entre Janeiro e Julho, a estada média desceu para 5,4 noites, logo, com variação homóloga de menos 1,8%, enquanto o RevPAR (ver destaque), tem uma subida homóloga acumulada de 7%.

Os dados revelados ontem pela estatística regional comprovam ainda uma outra tendência: no período em apreço, vários indicadores do turismo regional continuam com crescimentos abaixo da média nacional. No conjunto do País, em termos acumulados, os hóspedes aumentaram 11,6% , as dormidas 10,8% e os proveitos 11,8%, segundo dados divulgados também ontem, mas pelo INE.

Quebras de 1% em JulhoPara esta discrepância contribuíram os indicadores registados em Julho, o último mês com resultados apurados.

As primeiras estimativas para esse mês apontam para redução de 1% das dormidas  para 650 mil, o equivalente a  11,3% do total das dormidas ocorridas no território nacional.

Todos os tipos de estabelecimento apresentaram ligeiras diminuições, com a excepção dos hotéis-apartamentos, tendo o decréscimo mais significativo se verificado nas pensões, onde se observou uma quebra de mais de 3 mil dormidas. Nos principais mercados emissores, as variações estimadas para os mercados britânico foram de +13,7%, enquanto o mercado nacional e alemão apresentaram reduções de 10,1% e 3,4%, respectivamente.

Mesmo perdendo dormidas, os estabelecimentos hoteleiros da Região registaram acréscimos de 1,1% nos proveitos totais – que ultrapassaram os 29,3 milhões de euros - e de 0,6% nos proveitos de aposento. Ao nível nacional, os indicadores são bem mais favoráveis. Segundo o INE, observaram-se aumentos de 10,7% nos proveitos totais e de 12% nos proveitos de aposento.

2.º lugar na Taxa de ocupação

A taxa de ocupação na hotelaria madeirense fixou-se em 71,5% em Julho, menos 0,8 pontos percentuais homólogos, o segundo valor mais alto nas 7 regiões do País, já que no topo estava o Algarve (71,8%).

Lisboa apresentou o maior acréscimo na taxa de ocupação (+5,5), seguida do Norte com 4,2 pontos. As restantes regiões também aumentaram os níveis de ocupação, à excepção dos Açores.

A taxa líquida  de ocupação-cama no País foi de 60%, superando a de Julho de 2013 em 3 p.p. Este aumento superou igualmente o do mês anterior (+ 1,3 p.p. do que em Junho).

De Janeiro a Julho de 2014, a taxa de ocupação nacional foi de 41,5% (+2,4 p.p.). Na Madeira, o mesmo registo é bem mais alto com 60,5%.

Quarta região do país em termos de RevPAR

O RevPAR, indicador que mede o proveito obtido por quarto disponível, atingiu em Julho os 41,97 euros, menos 0,2% que no mesmo mês do ano anterior. Na Região, a média dos primeiros sete meses de 2014 foi de 36,06 euros, o que representa mais 7% em relação ao período homólogo.

Em termos nacionais, o rendimento médio por quarto disponível foi de 48,9 euros em Julho de 2014, valor que representa um acréscimo de 8,4%.

No Continente, excepto no Alentejo, o RevPAR aumentou em todas as regiões salientando-se o Norte, com mais 11,6%.

A Madeira era em Julho a quarta região do país neste indicador.