Um grupo de 16 investidores, engenheiros e responsáveis regionais albaneses foi hoje acusado de homicídio por negligência e corrupção por ações relacionadas com o colapso de vários edifícios na sequência do sismo que atingiu a Albânia em 2019.

A acusação foi avançada pelo Ministério Público da cidade de Durres, uma das áreas mais afetadas pelo sismo de magnitude 6,4 na escala de Richter que atingiu a Albânia em 26 de novembro do ano passado.

O sismo provocou 51 mortos, dos quais 23 foram registados na cidade de Durres, centenas de feridos e 17 mil desalojados.

Os investidores e os engenheiros são acusados de terem alegadamente utilizado estudos e certificados de construção inadequados, materiais de construção de baixa qualidade e de violarem os códigos de construção.

Por sua vez, os responsáveis regionais são acusados de corrupção por alegadamente terem emitido documentação falsa para os investidores ou para os engenheiros.

Também estão a decorrer investigações criminais em outras três cidades atingidas pelo sismo.

A Albânia está a reconstruir dezenas de milhares de casas para habitação, escolas e edifícios públicos em todo o país, grande parte financiados com os mais de mil milhões de euros prometidos por doadores internacionais.