Coronavírus Madeira

Madeira vai passar a ter 246 quartos de hotel dedicados a positivos de covid-19

Tendo gasto já mais de 20 milhões no combate à pandemia, Governo acerta acordo com hoteleiros para ter mais duas unidades de hospedagem

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Com mais de 130 mil testes feitos a viajantes, perto de 100 mil só no Aeroporto, e já tendo despendido mais de 20 milhões de euros para acautelar que os casos positivos sejam detectados à entrada da Madeira, actualmente a unidade hoteleira dedicada à covid-19 já está no limite da capacidade. Pelo que, prevendo que o número de casos continuará a aumentar, o Governo Regional acertou com os principais grupos hoteleiros da Região a forma de custear parte desse investimento, mas também o reforço da capacidade de instalação, que triplicará para 246 quartos com a inclusão, a partir de 1 de Novembro, de duas unidades hoteleiras.

Trata-se do Terrace Mar Suite Hotel, situado na Travessa do Valente, e do Pestana Ocean Bay, situado na Praia Formosa. Um tem 77 quartos e o outro com 92 quartos, respectivamente. Um dos hotéis reabriu há pouco tempo e o outro estava aberto mas sem utilização, pois estava em equação uma intervenção (requalificação).

As conclusões da reunião realizada esta manhã com os hoteleiros foram anunciadas pelo secretário regional do Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, que aproveitou para explicar como se irá processar a questão do pagamento por parte dos turistas cujo teste à covid-19 resulte num caso positivo.

"Até agora estávamos com um limite de 77 quartos e vamos passar para 246 quartos e isso  dá, naturalmente, uma folga e uma segurança grande para a evolução (de casos importados) que estamos a sentir", frisou, lembrando que "a grande maioria dos casos positivos são detectados na porta de entrada, que é o Aeroporto".

Sobre a "solução que permita uma comparticipação do sector privado neste esforço que está a ser feito pela Região", disse aos jornalistas, entre outras das conclusões do encontro ocorrido no Espaço Infoarte, na Avenida Arriaga. "Entendeu-se um princípio que tem a ver com os dias que são pagos pelos clientes mas que não são utilizados pelos clientes, porque entretanto são transferidos para a unidade covid. Entendeu-se que estes dias possam ser revertidos para o IASaúde para comparticipar nas despesas da unidade covid. Os hotéis não ficam em circunstância alguma prejudicados porque não entregam a sua receita, mas sim a cobrança de noites que não aconteceram e que estão a acontecer na unidade covid".

De todo o modo, Eduardo Jesus reforçou que o princípio estabelecido pelo Governo Regional desde o início desta pandemia não se alterou. "Não estamos a pedir ao sector privado que retire da sua receita uma importância para o sector público, o que estamos a dizer é que naqueles dias em que há uma cobrança sem a utilização do hóspede, que esse valor seja transferido para onde o hóspede está, a unidade covid. É uma forma de comparticipação que nos pareceu bastante equilibrada e que mereceu da parte do sector privado total correspondência", anuiu.

Questionado sobre a dúvida se o turista que tenha teste positivo poderá não querer pagar esse período até ficar negativo, o governante esclareceu que "não é possível que uma pessoa que esteja positiva poder viajar. Há pessoas que vêm por dois ou três dias e têm teste positivo e têm de ficar na Região até ao momento em que estão negativos. Esses turistas nunca foram obrigados a pagar essa estadia a mais na Madeira, porque o Governo sempre assumiu que essa estadia e o tratamento eram um investimento público que estaria a ser feito. Aí não há qualquer alteração. Depois, decorre do entendimento do delegado de saúde pública o local em que o confinamento tem de ser realizado, uma prática que é mundialmente reconhecida".

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