Madeira

Cafôfo distancia o seu partido da prática do PSD-Madeira na questão de igualdade de género

Mafalda Gonçalves faz novo mandato à frente das Mulheres Socialistas na Madeira

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Tomada de posse aconteceu ao final da manhã de hoje, na sede regional do partido

Foi sem uma referência directa, mas a mensagem dirigida aos social-democratas está lá. O presidente do PS-Madeira, numa intervenção por ocasião da posse dos novos órgãos das Mulheres Socialistas, ocorrida hoje, ao final da manhã, na sede do partido, reivindicou para o PS um “património”, que muito o orgulha, resultante de um longo percurso na “questão da igualdade e valorização das mulheres (…). Este partido não tem medo de ter uma estrutura das mulheres socialistas.”

Ficou, assim, o recado para o PSD-M que, muito recentemente, viveu uma embrulhada política em torno da criação de uma estrutura de mulheres na Região, que Albuquerque veio recusar que fosse formal.

Ainda a marcar a diferença para ao adversário político, Paulo Cafôfo definiu o PS como um partido progressista, que continuará a luta enquanto persistirem – e persistem – as desigualdades de género. O presidente do PS deu o exemplo de hoje, noticiado na Região, de mais uma mulher violentada. “A violência é uma chaga e temos de lutar pela diminuição deste problema”. Mas existem outros, de que as desigualdades salariais e de rendimentos também são exemplo.

Cafôfo recordou como os tempos de pandemia, que podem a todos afectar, vão ter consequências mais negativas junto dos mais frágeis, sendo as mulheres um desses grupos que vão sentir mais dificuldades.

Forte envolvimento autárquico

Presidente do PS-M e líder das Mulheres Socialistas estão de acordo. É necessário dar mais protagonismo e visibilidade às mulheres e o primeiro momento para o concretizar é já no âmbito das eleições autárquicas do próximo ano.

Primeiro foi Mafalda Gonçalves, quem, em nome da Mulheres Socialista,s explicou o lema para o mandato que agora se inicia: ‘Acreditar, Agir e Transformar’. Na prática, para o concretizar, há que prosseguir um “caminho para a igualdade, que não é fácil”.

“As desigualdades de género relacionam-se sempre com questões de poder. Resolvem-se só com mais poder, com mulheres em cargos de topo. Essa é uma missão (para o actual mandato das Mulheres Socialistas), sem abandonar as causas anteriores”.

Mafalda Gonçalves disse, ao presidente do partido, que os dois (PS e Cafôfo) podem contar com as Mulheres Socialistas. “Estaremos sempre lá.”

O repto teve resposta quase imediata, com Paulo Cafôfo a dizer que conta com um papel muito relevante delas nos desafios autárquicos. “O que nós queremos é uma grande participação das mulheres, seja constituição das listas, seja no seu contributo pra a construção dos projectos autárquicos”.

“Não teremos mulheres para servirem de decoração nas listas. Queremos mulheres activistas, empenhadas, numa luta que não é só delas, mas de todos nós, homens e mulheres e toda a sociedade.”

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