Madeira

Apesar do aumento de produção os bananicultores da Madeira têm muitas queixas

Tomada de posse da nova Mesa da Banana da Associação de Agricultores da Madeira marcada por reclamações

Foto DR/Miguel Lira
Foto DR/Miguel Lira

O sector da Banana da Madeira está em franco crescimento, tendo o ano passado fechado com 20,3 mil toneladas de produção e este ano deverá atingir novo patamar, para as 22 mil toneladas (os primeiros quatro meses já com quase 4,4 mil toneladas). Com este aumento de produção, o valor do subsídio tem necessariamente de baixar, pelo que a opção que o Governo Regional tem optado sempre é compensar a perda do dinheiro europeu com pagamento pela actual empresa gestora do sector, a GESBA. No ano passado, dos 12 milhões pagos pela UE, a empresa pública também meteu 8 milhões, sobretudo pagando a tempo e horas, enquanto não vinha o dinheiro de Bruxelas.

Estas matérias, entre outras em termos de organização do sector, foram ao início da tarde de hoje referidos pelo secretário regional da Agricultura e Pescas, Humberto Vasconcelos, na eleição e tomada de posse da nova Mesa da Banana, criada pela Associação de Agricultores da Madeira (AAM), para ouvir, fazer chegar a informação e ajudar os mais de 1.350 bananicultores da Madeira (dados de 2016), actualmente quase o dobro do que os que havia em 2008 (709). E a verdade é que as queixas são muitas e os poucos, cerca de uma dezena que marcou presença na sede da AAM à Rua da Cooperativa Agrícola da Madeira, não faltou quem quisesse dar conta da sua insatisfação.

Fosse maior ou menor, fosse por falta de preparação de quem recolhe a banana ou de atenção das equipas que coordenam a GESBA, pela localização dos centros de recolha (actualmente são dois bem apetrechados em São Martinho e na Ponta do Sol e um mais pequeno na Madalena do Mar), a verdade é que não faltou debate numa sessão que deveria ser apenas de eleição e tomada de posse.

A nova equipa da Mesa - a primeira de 12 mesas temáticas que a AAM cria para estar mais próxima dos agricultores - é composta por João Lourenço (presidente) e João Carlos Silva e Marco António de Jesus (vogais), sendo certo que estatutariamente é assim, mas efectivamente terá representantes em todos os concelhos.