Produção de resíduos cresceu 13,4% na Região no ano passado
A produção global de resíduos na Região rondou as 386,9 mil toneladas em 2024, o que corresponde a um acréscimo de 74,3 mil toneladas relativamente ao ano anterior. Os dados foram hoje avançados pela Direção Regional de Estatística, com base numa estimativa fornecida pela Direção Regional do Ambiente e Mar.
De acordo com a DREM, a subida explica-se, sobretudo, pelo crescimento da deposição de resíduos inertes, que cresceu 37,7% face ao ano anterior. Este é um tipo de resíduos que está associado às actividades de construção e demolição. Portanto, excluindo esta componente, a produção global de resíduos ficaria pelas 202,9 mil toneladas, 13,4% acima do valor de 2023.
"Uma parte considerável da produção global de resíduos está associada aos resíduos encaminhados para a Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos (ETRS) da Meia Serra, que totalizaram cerca de 144,8 mil toneladas, em 2024", indica a nota, significando um aumento de 3,8% comparado com o ano precedente. Esta subida foi impulsionada por um aumento de 5,2% na valorização energética (incineração de resíduos), que compensou a redução de 14,8% observada na deposição em aterro sanitário.
Já os resíduos destinados a reciclagem/valorização fora da Região ascenderam a 37,3 mil toneladas, mais 4,1% do que em 2023. "Destacam-se aumentos significativos nos pneus (+73,6%), óleos usados (+56,6%), resíduos de veículos em fim de vida após desmantelamento (+24,6%) e cartão (+10,3%). Em contrapartida, há a assinalar as reduções observadas no papel (-21,5%) e na sucata/metais (-8,7%)", aponta a DREM.
Considerando a compostagem realizada na ETRS da Meia Serra, a valorização de resíduos realizada na Região totalizou 27,6 mil toneladas (+168,5% que em 2023), destacando-se, em particular, a valorização dos resíduos de construção e demolição, que concentraram 69,8% do total.