"Santana precisa de uma liderança"
“Os últimos sete anos foram marcados pela falta de planeamento e de execução estratégica. Santana precisa de uma liderança com visão e coragem para preparar o futuro.” Foi assim que Cláudia Perestrelo, candidata do PSD à Câmara Municipal de Santana, resumiu a sua avaliação da governação de Dinarte Fernandes que não está presente no debate.
A social-democrata considera que “se fez investimento, mas sem calcular devidamente o impacto”. Exemplificou com o miradouro do Guindaste, “um espaço bonito e de referência, mas que falhou no essencial: acessibilidades, estacionamento e ordenamento. O que era um local de calma transformou-se num foco de reclamações, com barulho e desordem logo de madrugada”.
Cláudia Perestrelo criticou ainda a “aquisição desenfreada de terrenos” no último ano de mandato. “Andámos três anos a perder tempo, a acumular dinheiro, e agora gasta-se tudo em alcatrão, cimento e obras avulsas. Não houve coragem para ordenar o turismo nem o trânsito”, acusou, apontando também que o parque de estacionamento junto ao teleférico da Rocha do Navio “era uma proposta do PSD desde 2021 e não do CDS, mas só agora chega ao terreno”.
Entre as suas prioridades, a candidata destaca regras claras para circulação e estacionamento, com prioridade para os residentes. “É preciso atribuir cartões de residente e limitar o trânsito de rent-a-cars e autocarros em certas zonas. Hoje, quem vive em Santana não consegue estacionar, tomar café, ir ao banco ou ao centro de saúde. Isto não pode continuar.”
Sobre o terreno de 51 mil metros quadrados adquirido pelo município, Cláudia Perestrelo admite que se tratou de “uma oportunidade”, mas critica a ausência de visão estratégica e de consulta pública. “Santana não precisa de projetos feitos à pressa para mostrar cartazes bonitos, precisa de uma estratégia de longo prazo.”
Para esse espaço, apresenta propostas concretas: habitação acessível, com lotes destinados a jovens e isenção de taxas, estacionamento, um fórum da cidade e novas infra-estruturas que aliviem a pressão na zona da praça e do mercado agrícola. “Mas para isso é essencial ouvir empresários e ouvir a população. O futuro de Santana constrói-se com planeamento e participação, não com decisões improvisadas”, rematou.