Samsung rendida à transição digital nas escolas da Madeira
Marca disponibilizou equipamentos a cerca de 16.000 alunos
“Muito provavelmente será o projecto mais avançado a nível de educação digital no país, este é uma referência”, declarou Nuno Almeida, responsável da área empresarial da Samsung sobre a transição digital realizada pelo Governo nas escolas públicas da Madeira, que foi progressivamente abrangendo todos os alunos do 5.º ao 12.º ano com equipamentos e manuais digitais. “Nós próprios na Samsung consideramos este projecto uma referência internacional”, acrescentou o representante. Esta manhã foi um dos presentes na Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco, onde foi assinalada a conclusão do projecto que permitiu à marca distribuir equipamentos aos cerca de 16.000 alunos que usam tecnologia digital em sala de aula.
Segundo Nuno Almeida, houve um desenvolvimento muito significativo da performance e competências digitais dos alunos, destacando o representante também o “esforço enorme” na capacitação digital dos professores, centrais em todo o processo. E diz que no resto do país não vê este nível de desenvolvimento nesta área. “A Região Autónima está preparada para as novas fases que aí se adivinham”, declarou, deixando claro o interesse em acompanhar os novos desafios, nomeadamente da inteligência artificial (IA), que estará na linha da frente de algumas tecnologias que podem ser implementadas. “A evolução tecnológica é muitíssimo rápida, e se hoje estamos a falar de IA, muito provavelmente daqui a três ou quatro ou cinco anos estaremos a falar de muitas outras coisas, o importante é estarmos preparados, termos o corpo docente preparado, os alunos motivados e termos as escolas com esta infra-estrutura muito avançada”.
Quanto ao desafio seguinte, é reservado. “Como estamos numa fase nova e teremos novos protagonistas também a nível da tutela, é algo que vamos deixar em aberto para uma análise posterior”. Ainda assim, está confiante: “As raízes são tão profundas que eu diria que é difícil neste momento que não dessemos sequência a este projecto. Acreditamos que ele tem muito potencial, apesar de estar já numa linha muito avançada ao nível do desenvolvimento e implementação”.
Nuno Almeida defende que este é o caminho, que é necessário preparar os alunos para o futuro, feito muito de ferramentas digitais.
Sobre o projecto dos manuais digitais em concreto, destaca a limitação dos acessos aos conteúdos lectivos. “Utilizam a tecnologia dentro da sala de aula para o processo de aprendizagem e os conteúdos que acedem são exactamente os conteúdos que são relevantes para o desenvolvimento do seu percurso académico, não mais do que isto”, frisa, sublinhando que esta será na sua opinião a principal inovação deste projecto, em relação a outros, de manuais digitais e experiências-piloto. “Garantirmos que de facto a sala de aula serve para aprender, não existem situações que vão desfocar e mantemos os alunos a aprenderem, tirando partido do multimédia, as vantagens dos digitais”.
A Samsung fornece os tablets do 5.º até ao 9.º e os chromebooks para os alunos do 10.º ao 12.ºanos. O representante diz que a substituição dos equipamentos deve ser feita tendo em conta vários factores, como a utilização mais ou menos cuidada por parte dos alunos, a questão do desgaste do equipamento, as tecnologias que vão surgir e os requisitos necessários para a implementação dessas mesmas tecnologias. “Eu diria que aqueles quatro, cinco anos são perfeitamente aceitáveis”, garantiu.