RIR considera "inaceitáveis" as declarações de Paula Margarido à RTP Madeira
O partido Reagir Incluir Reciclar (RIR) refere que considera "inaceitável" que a secretária regional da Inclusão Social, Trabalho e Juventude, Paula Margarido, tenha se pronunciado publicamente sobre "eventuais provas ou aspectos que competem única e exclusivamente à justiça". Em causas estão as declarações da governante à RTP Madeira sobre o caso de violência doméstica, que ocorreu na madrugada do passado domingo, em Machico.
No entender do partido, através de um comunicado de imprensa, "a função de um governante deve ser, acima de tudo, a de assegurar políticas de prevenção, protecção e apoio às vítimas, bem como a de garantir os meios necessários para que a justiça actue com celeridade e eficácia. Pronunciar-se sobre matéria probatória em processos judiciais em curso, além de imprudente, pode fragilizar a confiança das vítimas e da sociedade no sistema."
O partido afirma condenar "condena todos os crimes de violência doméstica, lembrando que estes atos deixam marcas profundas nas vítimas, destroem famílias, traumatizam crianças e enfraquecem toda a sociedade. Trata-se de um crime público que exige sempre uma resposta firme, célere e eficaz do Estado".
Por isso, volta a afirmar a sua posição: penas mais duras para os agressores, assim como uma justiça célere e uma "verdadeira rede de protecção às vítimas de violência doméstica e às crianças expostas a estes horrores."
"A violência doméstica não se resolve com declarações precipitadas, resolve-se com acções firmes, coordenação institucional e políticas eficazes", remata.