2.500 doentes oncológicos seguidos no Serviço de Saúde da Região
Actualmente, são cerca de 2.500 os doentes oncológicos seguidos no Serviço de Saúde da Região (SESARAM). O número foi apontado por Ana Paula Vieira, à margem do fórum 'Cancro, da prevenção à reabilitação ', organizado pela Direcção Regional da Saúde para assinalar o Dia Mundial do Cancro, que hoje se assinalar.
A directora do Serviço de Oncologia do SESARAM coloca entre os cancros mais frequentes na Região o da mama e o do pulmão, este último que tem vindo a conhecer um aumento significativo na Madeira.
De acordo com a médica oncologista, a incidência do cancro do pulmão deve-se, sobretudo, aos hábitos tabágicos, notando que o aumento dos números pode ser explicado, em parte, pelos novos casos entre o sexo feminino, consequência do facto de haver mais mulheres fumadoras.
Ana Paula Vieira fala, por isso, da importância da aposta nas campanhas de sensibilização para esta problemática, na promoção da cessação tabágica, mas, também, na necessidade de implementação do rastreio do cancro do pulmão.
Ainda quanto aos números da doença na Região, a médica do SESARAM socorre-se dos últimos dados oficiais conhecidos, que reportam a 2022, dando conta de cerca de 1.500 novos casos de cancro por ano, na Região. E a tendência, salientou, é estes números aumentarem pelo menos até 2030, de acordo com os estudos realizados e as previsões da Organização Mundial da Saúde.
Em relação às iniciativas como a que acontece hoje, no Colégio dos Jesuítas, Ana Paula Vieira foca-se no papel que estas podem ter na prevenção, mas destaca, também, a necessidade de "levar uma mensagem de esperança" aos doentes e às suas famílias. A médica evidencia, igualmente, a melhoria nos tratamentos, que são, disse, cada vez mais personalizados.
Sobre a falta de medicamentos recorrente no Hospital, inclusive para doentes oncológicos, Ana Paula Vieira notou que o papel do médico, nessas situações, passa muito por "mitigar ao máximo o impacto que isso poderá ter nos doentes".
Sobre o serviço que dirige, Ana Paula Reis não esconde a necessidade de mais espaço, bem como de mais profissionais para dar o melhor acompanhamento aos doentes.