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Responder aos desafios do serviço de Saúde

A despesa em saúde, embora represente um custo nos orçamentos, não é vista como um investimento

Neste início do ano não é demais recordar que já passaram cinco anos da pandemia originada pelo covid 19, situação que provocou muito sofrimento e inúmeras vítimas mortais em todo o mundo. Neste espaço de tempo persistem dúvidas e muitas questões por esclarecer e a verdadeira origem do processo não foi inteiramente clarificada. O vírus atualmente encontra-se mais atenuado, mas continua a causar vítimas mortais, perante uma conjuntura em que os cientistas são cada vez mais unanimes em considerar séria a ameaça da humanidade se confrontar com uma nova vaga pandémica, só não sabemos onde nem quando.

O período pandémico evidenciou dificuldades e fragilidades nos serviços de saúde, aumentando a necessidade de encontrar soluções. É fundamental que a sociedade e os governantes estejam atentos e preparem o futuro para enfrentar a ameaça de novas pandemias. O que sucedeu recentemente mostrou que o mundo não estava nem está preparado para enfrentar uma nova pandemia de grandes proporções. A falta de coordenação global, a insuficiência de recursos, os constrangimentos no sistema de saúde e a desinformação dificultaram o controle da pandemia e causaram um grande impacto social e económico.

O investimento nos serviços de saúde continua insuficiente, a despesa em saúde embora represente um custo nos orçamentos, não é vista como um investimento, colocando em causa a sustentabilidade dos serviços de saúde. Esta é uma temática complexa que abrange várias dimensões, a financeira, a operacional e a ambiental. Um serviço de saúde sustentável tem de garantir o acesso a serviços de qualidade e com segurança para todos os cidadãos, utilizando os recursos de forma eficiente e responsável. É necessário um esforço conjunto de todos os intervenientes, governos, profissionais de saúde, e cidadãos, no sentido de se investir na prevenção e promoção da saúde, na eficiência dos serviços, no controle dos custos, usando as novas tecnologias e garantindo a formação e a motivação dos profissionais de saúde.

Neste sentido trabalham organizações internacionais como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas (ONU), que se encontra de momento a preparar a realização da sua quarta reunião de alto nível dedicada á “Prevenção e Controle das Doenças não Transmissíveis (DNTs) e Saúde Mental”, com o objetivo de definir uma visão estratégica para prevenir e controlar estas doenças até 2030 e anos subsequentes.

A (ONU) continua a reafirmar a necessidade de garantir que todos as pessoas tenham acesso aos serviços de saúde de qualidade, é imprescindível prevenir a mortalidade infantil disponibilizando a melhor assistência no parto e nos cuidados pós-parto, é indispensável continuar a combater às doenças transmissíveis, promovendo estilos de vida saudáveis, a saúde mental e o bem-estar lutando contra o estigma e a discriminação. Por outro lado, há que progredir na transição para uma economia de baixo consumo em carbono, garantir a igualdade de direitos e oportunidades, diligenciar para a resolução pacifica dos conflitos, fortalecer a cooperação internacional e a implementação da agenda 2030, como plano global com o objetivo de erradicar a pobreza e promover o desenvolvimento sustentável nas várias dimensões.