Negócio das bombas preocupava há 20 anos
Neste ‘Canal Memória’ rumamos a 2005
Com a chegada da época natalícia chega também a ‘tradição’ das bombas de arremesso. Em 2005, as lojas clandestinas preocupavam, uma vez que estavam a ser comercializadas ilegalmente bombas “mais fortes”.
Numa reportagem do DIÁRIO, publicada a 9 de Dezembro de 2005, dávamos conta de que muitos destes artigos pirotécnicos vinham misturados com cargas explosivas, nos navios de carga, mas que muitas outras eram produzidas de forma clandestina em garagens e casas particulares.
Na altura, a PSP recordava que as crianças são as principais vítimas dos acidentes com bombas e o núcleo de Armas e Explosivos pedia à população que tivesse coragem de denunciar os casos de ilegalidade. Isto porque, segundo explicava este núcleo, a detecção de fábricas caseiras era difícil, por existir muita gente a esconder o negócio.
Já nas escolas, a lei punia quem levasse as bombas de arremesso para o recinto escolar. A suspensão dos infractores aplicava-se também aos recintos desportivos.
Para os comerciantes, a lei era particularmente rigorosa, exigindo a carta de estanqueiro, um documento que também permitia o cliente perceber que estava a comprar produtos legais.