O JPP é "um partido populista dos aviões e dos barcos"
"O JPP é um partido populista dos aviões e dos barcos, precisamos ter cuidado senão ficamos a ver a Madeira por um canudo". Foi desta forma que o deputado do PSD Madeira Bruno Melim rebateu às críticas do maior partido da oposição, JPP, durante a 51.ª reunião plenária da I Sessão Legislativa da XV Legislatura da Assembleia Legislativa da Madeira.
Depois de o deputado Paulo Alves do JPP ter questionado a estabilidade e a qualidade de vida dos madeirenses, lembrando os 1.500 idosos que aguardam por um lar e as mais de 200 altas problemática no Serviço Regional de Saúde, enquanto o Governo Regional investe milhões e milhões de euros por opção governativa, alguns na construção de campos de golfe, sem grande "impacto na vida dos madeirenses", os deputados do PSD uniram-se para atacar a oposição.
Brício Araujo começou por dizer que o JPP "é um partido do populismo, do mero entretenimento", afirmando que "isso não traz nada à vida dos madeirenses", dando como exemplo alguns dos projectos apresentados pelo JPP, nomeadamente sobre pagar os radares do Aeroporto da Madeira e da aplicação do IMI na infra-estrutura aeroportuária.
O deputado social-democrata considera que o JPP "tem tentado entreter os madeirenses ao invés de ir ao encontro daquilo que realmente interessa as pessoas", criticando as afirmações da oposição que defendem a redução do IVA para ajudar os empresários, enquanto no concelho onde governa "aplica a derrama à taxa mais elevada aos empresários que criam postos de trabalho".
Jaime Filipe Ramos, por sua vez, criticou a demagogia do JPP, considerando que tal é fruto da inveja do sucesso da governação do PSD. O social-democrata apontou que o discurso negativo é fácil para quem nada faz. "Demagogia forever para o JPP", declarou.
Já Bruno Melim acusou a oposição de "fazer tábua rasa de tudo o que é feito", apontando que o JPP "tenta copiar o que se faz na Assembleia da República na Região".
"O JPP é neste momento o verdadeiro PPM, o partido do populismo marítimo, é tudo sobre barcos, é tudo sobre a ligação marítima, sobre uma rampa e sobre um porto, que não há privados que apareçam, o JPP não deve ter empresário em fazer a linha", acusou, acrescentando que o JPP é também o partido "do populismo aéreo que fala de plataformas, fala sobre o subsídio que só quer pagar 59 e 79 euros".