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Madeira

Chega aponta "falhas graves" na formação de oficiais da PSP

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O deputado Francisco Gomes, através de comunicado, acusa a direcção nacional da PSP de estar a comprometer a formação dos futuros oficiais da polícia, isto porque, de acordo com o parlamentar, os cadetes do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI), em Lisboa, estão a ser formados à distância por falta de condições físicas e de instalações adequadas.

O eleito pelo Chega aponta afirma que "cerca de 60 cadetes do 2.º ao 4.º ano encontram-se, desde o início do ano lectivo, a ter aulas a partir de casa, numa situação que considera “inadmissível” para uma instituição responsável por formar oficiais que, no futuro, terão o dever de enquadrar, comandar e liderar agentes da PSP no terreno".

Francisco Gomes alerta que a formação policial não se resume a conteúdos teóricos, sublinhando que é na convivência diária, na disciplina, na hierarquia, no espírito de corpo e na camaradagem que se formam verdadeiros oficiais de polícia.

"Que futuro se está a preparar para a PSP quando os seus oficiais são formados ‘online’, isolados em casa? Onde se criam os valores, a disciplina, o espírito de corpo e a responsabilidade de comando? Isto é um falhanço grave da Direção Nacional", atira o deputado.

Aliás, afiança que esta é uma situação que revela "desorganização, negligência e falta de visão estratégica", acusando a Direção Nacional da PSP de tratar a formação policial “como se fosse um curso qualquer”, desvalorizando a exigência e a especificidade da função policial.

Francisco Gomes lembra que "estamos a falar de jovens que vão liderar agentes no terreno, em contextos de risco e decisão. Formá-los sem instalações, sem vivência institucional e sem exigência presencial é brincar com a segurança pública".

Francisco Gomes exige explicações urgentes à Direção Nacional da PSP e à Ministra da Administração Interna, defendendo que "a formação dos oficiais deve ser imediatamente regularizada, com condições dignas, presenciais e compatíveis com a missão da polícia, alertando que continuar neste caminho é fragilizar toda a estrutura da PSP no futuro".