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Aguiar Branco afirma que não vai substituir Marcelo Rebelo de Sousa como Presidente

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FOTO FERNANDO VELUDO/LUSA  

O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, disse hoje, depois de visitar Marcelo Rebelo de Sousa no Hospital de São João, no Porto, onde o chefe de estado foi operado, que não o vai substituir no cargo.

"[Os portugueses] podem ficar descansados que não vão ter o presidente da Assembleia da República como Presidente", disse José Pedro Aguiar-Branco quando questionado pelos jornalistas sobre se vai substituir Marcelo Rebelo de Sousa no cargo do topo da hierarquia do Estado.

Após uma visita de cerca de 20 minutos, o presidente da Assembleia da República garantiu que Marcelo Rebelo de Sousa está em "boa forma física".

"Estava muito bem disposto, otimista, diria que está o Presidente que todos conhecemos: já com a dinâmica daquilo que será o trabalho também nas próximas semanas. Muito bem tratado, com boa cara. Só podemos estar satisfeitos por sabermos que vamos ter o Presidente seguramente a trabalhar até ao final do seu mandato", descreveu.

Aguiar-Branco garantiu que o Governo "está sempre à disposição naquilo que é preciso", ressalvando, em tom de brincadeira, que Marcelo Rebelo de Sousa "até ao final do seu mandato ainda vai ter muito para trabalhar, muito para promulgar".

O Presidente da Repúblicou promulgou hoje um diploma do Governo que altera um decreto que regulamenta o Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social.

Ao lado de Aguiar-Branco, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, quis apenas deixar um elogio ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

"Também tivemos a ocasião de verificar que o SNS fez a sua parte. Fez com a competência, fez com o espírito de serviço e de missão que é o apanágio diário de muitos milhares de profissionais que servem o nosso SNS", declarou.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi admitido na segunda-feira à noite no Hospital de São João, no Porto, depois de se ter sentido indisposto, na sequência de uma paragem de digestão, indicou a Presidência da República.

Na página oficial na Internet, a Presidência da República indicou que o chefe de Estado sentiu-se indisposto "quando regressava de Amarante, das exéquias do Engenheiro António Mota", em Amarante.

Na declaração à imprensa, cerca das 22:00 de segunda-feira, Maria João Baptista explicou que a decisão de se proceder a uma cirurgia decorreu ainda do facto de Marcelo Rebelo de Sousa "já ter sido submetido a uma cirurgia prévia por uma hérnia semelhante a este quadro que tem neste momento".

De acordo com a médica, uma hérnia "corresponde a uma área da parede abdominal que é mais frágil e que permite que uma parte do intestino passe através dos tecidos", comprometendo "a capacidade de irrigar os tecidos".

Entretanto, hoje Maria João Baptista avançou que o Presidente da República passou bem a noite e poderá ter alta na quarta-feira, se tudo estiver a correr bem.

"O senhor Presidente da República passou a noite muito bem, agora de manhã conversou connosco, está bem-disposto, está a evoluir favoravelmente, de resto como era expectável, e podemos dizer que está a decorrer um pós-operatório de uma forma tranquila, adequada. Hoje ficará cá. Se estiver tudo a correr bem, acreditamos que poderá ter alta amanhã [quarta-feira]. O senhor Presidente da República está perfeitamente tranquilo", acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa, 76 anos, presidiu durante a manhã de segunda-feira, na Praça dos Restauradores, em Lisboa, às comemorações de homenagem aos Heróis da Restauração e da Guerra da Aclamação, que celebra o restabelecimento da independência nacional em 1640, e seguiu depois para as cerimónias fúnebres do antigo presidente da Mota-Engil, António Mota.