Segurança financeira precisa ser prioridade para a Região
João Cunha e Silva afirma que uma Região tem de ter segurança para os anos seguintes. Recordando o início da autonomia, apontou os problemas que a Madeira enfrentou a nível do modelo financeiro, condicionado por “circunstâncias adversas”. Aliás afirmou que Miguel Albuquerque continua a enfrentar esses problemas.
Está a decorrer no auditório da Universidade da Madeira, no Colégio dos Jesuítas, no Funchal, mais uma sessão das ‘Conferências da Autonomia’, desta feita sobre o tema ‘Modelo Financeiro’.
O presidente da comissão organizadora das celebrações dos 50 anos da Autonomia explicou que esta é a primeira de 10 conferências que serão organizadas neste âmbito.
João Cunha e Silva afirmou que os fenómenos autonómicos dependem de negociação e reivindicação para que se estabeleçam regras que durem para sempre. Usando como exemplo a regionalização da Saúde e Educação, aponta que essa mesma regionalização foi feita rapidamente e com sucesso, mas em que não houve negociação das contrapartidas financeiras.
O presidente da comissão apontou o caso dos estudantes madeirenses que viajam para Portugal continental para viver em casas sem condições e a pagar viagens a preços exorbitantes. Diz, por isso, que não há igualdade de oportunidades, comparativamente com outros estudantes que residem no continente.
Cunha e Silva frisou ainda que a Federação Portuguesa de Futebol paga aos clubes grandes para virem jogar à Madeira, mas que Nacional e Marítimo não recebem esse apoio. Esse valor é dado pelo Governo Regional. “Parece que não somos do mesmo país, parece que não jogamos o mesmo campeonato”, apontou.