Vendas no grande comércio a retalho cresceram 9% em 2024 e emprego aumentou 8,7%
Um total de 91 Unidades Comerciais de Dimensão Relevante (UCDR) localizadas na RAM (mais 2 em 2024 do que em 2023), "65,9% dos quais dedicadas ao retalho não alimentar e 34,1% afectas ao retalho alimentar ou com predominância alimentar", viram os seu volume de negócios crescer para 719,2 milhões de euros (+9,1%), sendo 715,4 milhões em vendas, enquanto o emprego aumentou 8,7% para quase 3.400 trabalhadores.
Os dados, divulgados anualmente pela Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM), em sintonia com a publicação feita hoje pelo INE, revelam, em primeiro lugar que "uma UCDR é um estabelecimento, considerado individualmente ou no quadro de um conjunto pertencente a uma mesma empresa ou grupo de empresas, em que se exerce a atividade comercial e que tem uma área de exposição e venda de alguma dimensão". E acrescenta: " "Note-se que uma parte substancial destes estabelecimentos (80,6%) pertence a empresas cuja sede está localizada em Portugal Continental."
Em 2024, "as UCDR da RAM empregavam 3.394 trabalhadores (+8,7% do que o ano anterior), 75,4% dos quais mulheres, sendo que 22,9% do total trabalhava em regime temporário", aponta. "Estas unidades geraram um volume de negócios de 719,2 milhões de euros em 2024 (+9,1% face a 2023), onde se incluem 715,4 milhões de euros, respeitantes ao volume de vendas (+9,0% em comparação com ano transato)", refere.
"O retalho alimentar, com 31 estabelecimentos, gerou um volume de vendas de 493,4 milhões de euros (454,6 milhões de euros em 2023), enquanto os 60 estabelecimentos do retalho não alimentar faturaram 221,9 milhões de vendas de mercadorias (201,7 milhões de euros no ano anterior)", aponta. "Em média, cada estabelecimento de retalho alimentar realizou um valor de vendas anual de 15,9 milhões de euros, valor que se reduz para cerca de 3,7 milhões de euros no caso de os estabelecimentos de retalho não alimentar".
Quanto ao emprego, "as unidades do retalho alimentar empregavam 2.303 trabalhadores (+11,3% do que no ano anterior), 79,6% dos quais mulheres, sendo que 18,7% daquele total trabalhava em regime temporário. Nas unidades do retalho não alimentar estavam empregados 1.091 trabalhadores (+3,7% do que no ano anterior), 66,5% dos quais mulheres, sendo que 31,7% do total trabalhava em regime temporário", destaca.
"No ano de 2024, a área de exposição e venda no retalho alimentar atingiu os 38,3 mil m2 (+0,5% que no ano anterior), e no retalho não alimentar os 51,8 mil m2 (+5,4%)", aponta. "O número de transações realizadas nos estabelecimentos UCDR atingiu os 29,3 milhões, +7,8% que no ano anterior. No retalho alimentar, o valor médio por transação correspondeu a 20,7 euros (20,6 euros em 2023) e no retalho não alimentar a 40,4 euros (39,7 euros em 2023)", acrescenta.
Por outro lado, "nas unidades de retalho alimentar, as vendas de 'produtos alimentares, bebidas e tabaco' representaram 82,8% das vendas totais (+0,8 p.p. face a 2023)", sendo neste grupo, "os 'outros produtos alimentares, n.e.' (16,2%), a 'carne e produtos à base de carne' (15,2%) e os 'frutos e produtos hortícolas' (12,9%) foram os principais produtos vendidos", enquanto "de entre os produtos não alimentares comercializados nestas unidades (17,2% das vendas totais), os de 'cosmética e higiene pessoal' (7,1%), as 'outras vendas e produtos' (4,0%) e os de 'limpeza doméstica' (3,3%) foram os que mais se destacaram", resume.
Também nos estabelecimentos de retalho não alimentar, "os produtos com as vendas mais expressivas foram o 'vestuário e acessórios' (26,8%), os 'electrodomésticos' (13,5%), os 'computadores e material ótico, fotográfico e de telecomunicações' (12,6%) e o 'mobiliário e artigos de decoração' (10,3%)", sendo de realçar que no ano passado, "a venda de produtos de marca própria foi de 277,3 milhões de euros nos estabelecimentos UCDR (+11,0% face a 2023), representando 36,9% e 42,8% do volume de vendas global dos segmentos alimentar e não alimentar, respetivamente (pela mesma ordem, 36,1% e 42,6% em 2023)".
Em conclusão, afiança a DREM, "eEm relação aos meios de pagamento utilizados, os cartões de débito e de crédito foram usados em 71,1% das vendas no retalho alimentar (67,8% em 2023) e 75,0% das vendas no retalho não alimentar (73,8% em 2023)", enquanto "os pagamentos em numerário representaram 27,7% das vendas do total no retalho alimentar (28,7% em 2023) e 21,4% das vendas do retalho não alimentar (22,6% em 2023)".