11 milhões de dormidas fazem de 2025 o segundo melhor ano no Turismo
Valores alcançados em apenas 10 meses e que em Novembro já terão, seguramente, ultrapassado largamente o recorde de 2024
O número de dormidas em 2025 no alojamento turístico na Região Autónoma da Madeira já ultrapassou os 11 milhões, colocando o ano em segundo lugar (melhor só 2024 com 11,76 milhões de dormidas), mas valor alcançado em apenas 10 meses. "O alojamento turístico registou, no mês de Outubro de 2025, a entrada de 228,8 mil hóspedes, os quais geraram 1.174,3 mil dormidas, traduzindo variações homólogas positivas de 11,4% e 11,8%, respectivamente", informa a DREM, hoje. "O segmento da hotelaria concentrou 66,7% das dormidas de Outubro de 2025 (783,2 mil), crescendo 5,9% em termos homólogos, enquanto o alojamento local (31,0% do total) e o turismo no espaço rural (2,3% do total) subiram 26,9% e 11,2%, pela mesma ordem".
Para efeitos de comparabilidade, como tem referido nas suas informações, uma vez que os dados divulgados pelo INE não contemplam o alojamento local com menos de 10 camas, esses dados são retirados. Assim, "segundo esta lógica de apuramento de resultados, as dormidas do alojamento turístico registaram um crescimento de 6,1% relativamente a Outubro de 2024, variação superior à verificada a nível nacional (+2,4%)", ficando ainda em segundo por regiões. "Em Outubro de 2025, os maiores aumentos no número das dormidas registaram-se no Alentejo (+10,8%) e na RA Madeira (+6,1%). Em sentido contrário, a RA Açores, o Algarve e o Centro apresentaram decréscimos de 1,5%, 0,7% e 0,1%, respetivamente. As regiões com maior número de dormidas foram o Algarve (26,7% do total) e a Grande Lisboa (24,6%)".
Segundo a DREM, "a taxa líquida de ocupação-cama do alojamento turístico na Região, no mês em referência, foi de 71,4%, +2,0 pontos percentuais (p.p.) face ao observado no mês homólogo (69,4%). Por sua vez, a taxa de ocupação-quarto atingiu os 82,1% (80,3% em Outubro de 2024)", sendo que "a estada média no conjunto do alojamento turístico fixou-se em 4,59 noites (valor idêntico ao mês de outubro de 2024). Os valores mais elevados continuam a ser observados na hotelaria (4,65 noites) e no alojamento local (4,54 noites), seguidos pelo turismo no espaço rural, que apresenta a estada média mais baixa, com 3,62 noites".
Voltando ao início, "nos primeiros dez meses de 2025, os hóspedes entrados no total do alojamento turístico da Região totalizaram 2.109,2 mil, o que representa um crescimento de 10,0% face ao período homólogo", pelo que "as dormidas observaram um aumento de 9,2% em comparação com o mesmo período de 2024, ultrapassando os 11,0 milhões", como referimos.
Sustentado em 10 mercados
"De realçar que os 10 principais mercados emissores representaram 79,6% do total das dormidas registadas em outubro de 2025. Destacaram-se, com um peso superior, a Alemanha (20,1% do total; +0,1% que em outubro de 2024), Portugal (17,8%; +33,1%) e o Reino Unido (16,8%; +4,0%). Na quarta posição, em termos de peso relativo no total de dormidas, encontrava-se o mercado francês (6,6%; +0,2%), seguido pelo mercado polaco (6,1%; +21,1%)", resume os 5 principais, que representam 67,4% do total.
"Em termos acumulados, de Janeiro a Outubro de 2025, os dois principais mercados emissores internacionais registaram variações homólogas nas dormidas em sentidos opostos", refere a DREM, sendo que "o mercado alemão teve um aumento de 0,3%, enquanto o mercado britânico apresentou uma quebra de 1,2%". E acrescenta: "O mercado de residentes em Portugal, o segundo principal mercado neste período, observou a variação homóloga positiva mais significativa para o referido período, com um crescimento de 39,3%." O mercado nacional claramente a compensar a estagnação e o recuo dos outros dois.
"Em Outubro de 2025, os proveitos totais e os proveitos de aposento registaram crescimentos homólogos de 16,3% e 19,6%, respetivamente, fixando-se, pela mesma ordem, em 81,5 milhões de euros e 58,5 milhões de euros", enquanto que "no total do País, no mesmo mês, os proveitos totais também observaram uma variação homóloga positiva (+7,3%), tal como os proveitos de aposento, que evidenciaram um crescimento de 6,1%", valores muito inferiores.
"Em termos acumulados, as variações dos proveitos, na Região, foram de +18,9% e +20,4%, respetivamente, totalizando, de Janeiro a Outubro de 2025, os 772,7 milhões de euros, no caso dos proveitos totais, e os 558,9 milhões de euros, no que se refere aos proveitos de aposento", calcula.
Por fim, "o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) rondou os 101,99 euros no conjunto do alojamento turístico (excluindo o alojamento local abaixo das 10 camas), +16,5% que no mesmo mês do ano precedente. Por sua vez, o rendimento médio por quarto utilizado (ADR) no alojamento turístico passou de 109,05€, em Outubro de 2024, para 124,30€, em Outubro de 2025 (+14,0% de variação homóloga)" e no acumulado de Janeiro a Outubro de 2025, "o RevPAR no conjunto do alojamento turístico (excluindo o alojamento local com menos de 10 camas) situou-se nos 101,75 euros, representando um aumento de 18,1% face ao período homólogo. No sector da hotelaria, o RevPAR foi de 109,10 euros, correspondendo a uma subida de 18,4%. Quanto ao ADR, os valores foram superiores, fixando-se nos 126,96 euros no conjunto do alojamento turístico (+15,1% em relação ao período homólogo) e nos 130,96 euros na hotelaria (+15,1%)", conclui a DREM.