Élvio Sousa lamenta "duas semanas negras para as aspirações dos madeirenses"
O líder do JPP lamentou, hoje, através de comunicado, aquilo que considera terem sido "duas semanas negras para as aspirações dos madeirenses”. Em causa está o recuo do Governo da República "em compromissos fundamentais para a coesão e mobilidade dos cidadãos da Região Autónoma da Madeira".
Élvio Sousa aponta que a promessa de um concurso para ligação ferry entre a Madeira e o continente parece novamente adiada, isto depois de ter constado do Orçamento de Estado para 2025. “Sem cumprir esse desiderato, o Governo da República recua com o concurso e deseja, apenas, elaborar um estudo económico e financeiro. Mais tempo para adiar e justificar o injustificável”, afirmou o dirigente do JPP.
Além disso, recorda que o ministro Miguel Pinto Luz, em resposta ao deputado do JPP Filipe Sousa, “começa por arranjar desculpas esfarrapadas”, referindo-se a alegados prejuízos da operação anterior e insistindo “na tese gasta da subsiodependência”.
O que continua também a não passar de uma promessa é a eliminação do reembolso do subsídio de mobilidade. “Depois do Secretário Regional Eduardo Jesus ter dito em Outubro de 2025 que a plataforma electrónica permitiria aos residentes pagar apenas o valor final da passagem aérea (59€ ou 79€), esta última sexta-feira foi categoricamente desmentido pelo ministro Pinto Luz”, destacou Élvio Sousa.
Segundo o ministro, o reembolso será processado “num dia ou dois” após o pagamento total. Para o JPP, trata-se de uma “machadada final na palavra de Albuquerque, Ramos e Eduardo Jesus”.
“Perante este balde de água fria, que veio dar razão às desconfianças do JPP, o silêncio reina no vazio da Quinta da Vigia”, afirmou o líder partidário, acrescentando que “os obreiros do novo e milagroso modelo de subsídio de mobilidade, que inflacionou o preço das viagens entre a Madeira e o Continente, estão sem pio”.
As críticas são ainda extensivas a uma "prova do casamento político" entre PSD e Chega, em Santa Cruz. “Enquanto o espalha-brasas do deputado do Chega Francisco Gomes anda cismado com uma suposta mesquita em Santa Cruz, pois nem um simples papel sabe ler e interpretar correctamente, o seu Chega e o ex-PSD casaram, em segredo, para aprovar uma lista conjunta para a mesa da Assembleia de Freguesia de Santa Cruz, que foi ganha pelo JPP”, afirmou.
“Afinal, o acordo existe entre os dois, e o Chega e o PSD, que perderam as eleições, estão feitos, juntinhos em ‘panelinha’ e, assim, uniram-se de facto numa ‘igreja’ ou na ‘mesquita do Funchal’”, concluiu Élvio Sousa, garantindo que “o povo vai ser informado”.