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Madeira

Psicóloga alerta para a importância de ensinar as crianças a lidar com as emoções

Isa Silva apontou os erros mais comuns que os pais cometem quando tentam ensinar os mais pequenos a gerir as suas emoções e deixou algumas estratégias para lidar com a frustração e a raiva

Como ajudar as crianças a gerir as suas emoções: Psicóloga ensina estratégias e aponta erros comuns
Como ajudar as crianças a gerir as suas emoções: Psicóloga ensina estratégias e aponta erros comuns

A psicóloga, Isa Silva, começou por explicar que ensinar uma criança a reconhecer e a lidar com as suas emoções é ajudá-la a perceber e a dar nome àquilo que sente, para que consiga fazê-lo de uma forma saudável.

A especialista em saúde mental explicou que durante as sessões este tema é abordado através de “conversas sobre os sentimentos, onde muitas vezes são utilizados jogos e actividades lúdicas para tornar o processo mais divertido”.

“É importante validar sempre o que ela sente e dar-lhe ferramentas para que possa lidar com as emoções, para perceber o que está a passar e a saber lidar da maneira mais saudável”, apontou a profissional de saúde.

Isa Silva garantiu que o impacto no desenvolvimento de uma criança que é orientada sobre as suas emoções pode ser verificado a curto prazo, porque é lhe dada “a oportunidade de trabalhar a empatia, a resiliência, a resolução de conflitos, entre outros pontos”.

Isto faz com que elas cresçam e, eventualmente, sejam crianças mais seguras de si, que tenham mais poder e controlo sobre as suas emoções, como a frustração e a raiva. Faz ainda com que estejam mais preparadas para ouvir os famosos ‘nãos’, que ouvimos muito na vida. Isa Silva, psicóloga

A longo prazo vai permitir que sejam “adultos mais seguros de si, equilibrados, estáveis, empáticos e que saibam lidar com as adversidades que vão surgir no dia a dia”.

Trabalhar estas áreas nas crianças é possibilitar que as mesmas “não sofram tanto com as emoções e que saibam lidar com elas de uma maneira saudável.”

Questionada sobre quais são os erros que mais observa nos adultos quando tentam ensinar as crianças a gerir as suas emoções, a psicóloga referiu que o primeiro prende-se pelo “menosprezar aquilo que a criança está a sentir, pedindo que pare de chorar ou dito que está a fazer um drama ou uma birra.”

“Ao reagir desta maneira, estão, de certa forma, a descredibilizar aquilo que a criança está a sentir e esta passa a pensar que não pode se sentir assim, porque os pais não valorizam. No fundo, não pode expressar as suas emoções e este é o principal erro”, frisou.

Os pais não podem esperar que a criança vá reagir de uma forma diferente à deles, adiantou Isa Silva, enaltecendo a importância do exemplo e lembrando que “elas são umas esponjas, absorvem aquilo que os pais lhes dão.”

Saiba que outros erros foram apontados pela profissional de saúde e que estratégias deixou para ajudar as crianças a lidar com emoções fortes, como a frustração e a raiva.

Fique ainda a saber com que idade as crianças começam a identificar o que sentem, como podem os adultos apoiar esse processo e como a escola pode contribuir para o desenvolvimento da inteligência emocional.