"Aumentar a nossa despesa em Defesa não é um capricho"
O Representante da República para a Região Autónoma da Madeira afirmou, hoje, que "aumentar a nossa despesa em Defesa não é um capricho ou uma opção ideológica; é uma inevitabilidade, se queremos garantir a Europa que construímos para as futuras gerações". Ireneu Barreto presidiu à cerimónia de comemorativa do 107.º aniversário do Armistício da Grande Guerra, na freguesia da Santa, no Porto Moniz.
Na ocasião, evocou o passado das grandes guerras e apontou que, actualmente, continuamos a enfrentar as consequências de uma guerra na Europa, que tem vindo a ceifar a vida de militares e civis.
"Antes de mais, é importante que, ao gastar mais em meios militares, se valorize o estatuto do seu pessoal, se invista sobretudo em Portugal, na nossa indústria, tecnologia e mão-de-obra, provocando inegáveis progressos socioeconómicos, contribuindo decisivamente para o desenvolvimento do nosso País como um todo", defendeu Ireneu Barreto. Aliás, apontou a existência de empresas de vanguarda em Portufal, em áreas como fabrico de drones, na construção naval e aeronáutica.
Por outro lado, defendeu que "é também importante que os meios com que as nossas Forças Armadas têm de ser robustecidas, possam ter, tanto quanto possível, utilização dual, civil e militar, como já acontece". Acrescentou ainda a importância de que o aumento da despesa na defesa não se faça com a com a contração das funções sociais do Estado. "Será decerto possível encontrar formas de defender o nosso Estado Soberano e democrático sem prejudicar o Estado Social de Direito que nos orgulhamos de ser", afirmou.
Terminou a sua intervenção com agradecimentos à Liga dos Combatentes.