Zelensky vai à Turquia para tentar continuar conversações de paz
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje que vai à Turquia na quarta-feira para tentar reavivar as conversações de paz e retomar as trocas de prisioneiros com a Rússia.
"Amanhã [quarta-feira], participarei em reuniões na Turquia. Estamos a preparar-nos para reavivar as negociações e elaborar soluções que proporemos aos nossos parceiros", anunciou Zelensky nas redes sociais.
"Fazer tudo o que é possível para alcançar o fim da guerra é a principal prioridade da Ucrânia. Estamos também a trabalhar para retomar as trocas de prisioneiros de guerra e trazer os nossos prisioneiros de volta para casa", referiu o líder ucraniano.
O Presidente ucraniano afirmou, antes da sua visita de hoje a Espanha, que espera finalizar os novos acordos com Madrid que irão fortalecer a Ucrânia.
"Hoje terei reuniões em Espanha, que estão a ser preparadas há algum tempo. Esperamos que outro país forte aumente o seu apoio, ajudando-nos a salvar vidas e a caminhar para o fim da guerra", referiu.
O líder ucraniano enfatizou os esforços desenvolvidos para garantir que "o encontro com o primeiro-ministro espanhol [Pedro] Sánchez resulte em acordos" que fortaleçam a Ucrânia.
"A Ucrânia alcança resultados diariamente nas suas relações com os seus parceiros", acrescentou.
Zelensky visita hoje Madrid, depois de ter passado na segunda-feira em Paris, onde assinou um acordo de cooperação militar com a França, através do qual Kiev espera receber cem caças Rafale franceses e sistemas de defesa aérea de fabrico francês nos próximos dez anos.
O líder ucraniano já tinha visitado a Grécia, onde acordou com o Governo de Atenas importar gás natural liquefeito dos Estados Unidos através daquele país mediterrânico. A Ucrânia precisa deste gás para aliviar o défice criado pelos bombardeamentos russos à sua infraestrutura de gás.
A partir de Madrid, Zelensky vai para a Turquia, um dos países que têm mediado as negociações entre ucranianos e russos para colocar fim à guerra, de forma a dar um novo impulso ao processo, que está atualmente paralisado.
A Rússia invadiu massivamente a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, numa guerra que começou em 2014 com a invasão e anexação da península ucraniana da Crimeia pelos russos.