Empresa portuguesa assegura espetáculo pirotécnico nos 50 anos de Angola
O grupo Pirotecnia Minhota será responsável pelo fogo-de-artifício das comemorações dos 50 anos da independência de Angola, um espetáculo de 12 minutos, sincronizado com música, sobre a Baía de Luanda.
O projeto, desenvolvido pela empresa portuguesa em parceria com a sua subsidiária angolana Arte & Fogos, será um espetáculo piromusical, com fogo e som sincronizados ao ritmo da música escolhida pela comissão organizadora das celebrações.
"É fogo-de-artifício sincronizado com música. A banda sonora foi escolhida pelo cliente e é uma surpresa", explicou à Lusa André Duarte, sócio-gerente da Arte & Fogos.
O espetáculo terá entre 12 e 15 minutos de duração, cobrindo cerca de 250 metros da Baía de Luanda, e envolverá uma equipa de cerca de 20 técnicos, entre portugueses e angolanos.
"São três dias de trabalho na marginal, mais uma semana de pré-montagem em armazém", detalhou André Duarte.
O material utilizado foi produzido em Portugal e importado para Angola, sendo assegurada em Luanda a montagem, a programação e a execução técnica.
"É tudo um trabalho feito tanto com os técnicos que vieram de Portugal como com os técnicos cá presentes em Angola", referiu, acrescentando que a equipa envolve 20 pessoas.
A empresa destaca ainda que serão utilizados diversos tipos de materiais e efeitos, sem repetições: "Temos os 12 minutos sem repetições. Ou seja, sempre materiais diferentes. Uma variedade muito grande de materiais, de cores, de efeitos", disse.
Todo o perímetro será vedado, cumprindo a segurança exigida por lei.
"Temos a presença da Polícia Nacional. Temos a presença dos bombeiros de Angola. Tudo isto foi feito de acordo com todas as autoridades competentes, para que o resultado final seja bom, seguro e bonito", afirmou o representante da empresa portuguesa.
A Pirotecnia Minhota, empresa centenária sedeada em Portugal, com delegações na Madeira e em Angola tem um longo historial no país africano.
"O primeiro grande trabalho foi nos 30 anos de independência, o segundo nos 40, e o terceiro será agora nos 50", recordou André Duarte.
Em Portugal, o grupo mantém também "uma presença consolidada com eventos durante todo o ano", explicou o responsável, sublinhando que as épocas mais intensas são "a passagem de ano e os meses de verão, especialmente junho, julho, agosto e setembro", sendo a Páscoa também um dos períodos de maior procura.
O responsável reconhece, contudo, que o setor tem enfrentado dificuldades devido às restrições impostas pelos incêndios florestais. "Temos tido nestes últimos anos algumas proibições com os incêndios, alguma dificuldade em Portugal (...). Este ano dificultou-nos muito o trabalho, tivemos muito trabalho cancelado", lamentou.
Apesar disso, garante que a empresa não compromete a segurança nem atua fora das condições adequadas. "Nós fomos os primeiros a dizer que, se não existirem condições ou se realmente a época de incêndios estiver má, não queremos fazer, porque não queremos ser provocadores de tal. Só não queremos é que as proibições sejam feitas de uma maneira cega", afirmou André Duarte.
A empresa reforça que todos os eventos "são feitos com segurança, em articulação com os bombeiros, a proteção civil e as autoridades competentes", princípio que também orienta o espetáculo em Luanda.
Com uma ligeira inclinação para o mar, para refletir o fogo-de-artifício sobre as águas da Baía de Luanda, o espetáculo promete transformar a Marginal num cartão-postal das celebrações do meio século da independência angolana na noite de segunda-feira para terça-feira.