Equipas de resgate não detetam sinais de vida nos escombros de escola na Indonésia
As equipas de resgate não detetaram hoje sinais de vida sob os escombros da escola que desabou na segunda-feira na Indonésia, que causou pelo menos cinco mortos e 59 desaparecidos, segundo as autoridades.
O número de desaparecidos, frequentemente variável na Indonésia e que aumentou de 38 inicialmente para 91 antes deste novo relatório, flutuou nas horas que seguiram ao desastre.
"Utilizámos equipamento de alta tecnologia, como drones térmicos, e cientificamente não havia sinais de vida. Tínhamos dado tempo à equipa conjunta [de busca] até esta manhã caso houvesse sinais de vida, mas não havia nenhum", disse o diretor da Agência Nacional de Gestão de Desastres, Suharyanto, em conferência de imprensa.
A mesma fonte indicou que a equipa decidiu avançar para a próxima fase das buscas com equipamento pesado.
Até ao momento, 59 pessoas ainda estão desaparecidas e presumivelmente presas sob os escombros, anunciou hoje o porta-voz da agência, Abdul Muhari.
No entanto, Suharyanto manifestou a esperança de que nem todas estas pessoas desaparecidas estejam debaixo dos escombros, citando o caso de uma mulher que lamentou a morte do filho e depois descobriu que ele estava em segurança.
Na quarta-feira, cinco sobreviventes e dois corpos foram retirados dos escombros da escola islâmica situada a 30 quilómetros da cidade de Surabaya, no leste da ilha de Java, elevando o número de mortos para cinco.
A estrutura caiu sobre centenas de pessoas, a maioria adolescentes, que realizavam as orações da tarde de segunda-feira num salão num internato islâmico centenário, o Al Khoziny, na província de Java Oriental, que estava a passar por uma expansão não autorizada.
Os alunos eram, na sua maioria, rapazes do 7.º ao 12.º ano, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos. As alunas estavam a rezar noutra parte do edifício e conseguiram escapar, disseram sobreviventes.
O salão de orações tinha dois andares, mas estavam a ser construídos mais dois sem autorização, segundo as autoridades.
A polícia disse que os alicerces do antigo edifício aparentemente não conseguiram suportar mais dois andares de betão e desabaram durante o processo de betonagem.