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Candidatura do Chega denuncia "irregularidades graves" no Funchal

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A candidatura do Chega à Câmara Municipal do Funchal denuncia "situações gravíssimas e absolutamente inaceitáveis" que estão a ocorrer em diversas freguesias do concelho durante o acto eleitoral deste domingo.

Estas situações configuram uma vergonha para a democracia e um atentado à transparência e à liberdade do voto. O Chega efectuou denúncia e exige a intervenção imediata das autoridades competentes, nomeadamente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), para garantir a lisura e a legalidade do acto eleitoral no concelho do Funchal. O Chega não pactua com atropelos à democracia. Luís Filipe Santos, candidato do Chega ao Funchal

De acordo com o partido, na freguesia de São Pedro, "foi observado um carro branco descaracterizado, cuja função ninguém consegue esclarecer, mas tudo indica tratar-se de um veículo utilizado para transportar eleitores. Este carro tem sido manobrado por um indivíduo que, durante a campanha eleitoral, conduziu o carro de campanha do PSD", começa por dizer a candidatura lidera por Luís Filipe Santos.

O comunicado afirma ainda que o presidente da Junta de Freguesia de São Pedro tem sido visto a circular entre as mesas de voto, "a falar com eleitores, o que constitui uma clara violação da neutralidade exigida neste momento democrático". Além disso, também "à porta da mesa de voto estão ainda directores regionais e indivíduos ligados ao PSD, num ambiente de pressão absolutamente inadmissível. No estacionamento até abrem a porta dos carros dos eleitores", sublinha.

Por sua vez, na freguesia de São Martinho, o Chega adianta que não foram disponibilizados boletins de voto em braille, "impedindo assim os cidadãos cegos de exercerem o seu direito de voto em condições de igualdade".

Já em Santo António, "as irregularidades são medonhas". O partido refere que os carros do SESARAM e carrinhas descaracterizadas têm sido vistos a transportar eleitores, "uma prática que levanta sérias suspeitas sobre a legalidade do processo".

"Situação idêntica verifica-se em São Roque, onde circulam várias carrinhas da Câmara Municipal do Funchal, também envolvidas no transporte de pessoas. Estranho é que os transportados não são portadores de necessidades especiais e/ou qualquer deficiência", diz. 

O partido acrescenta também que na freguesia de Santa Luzia, o presidente da Junta "circula impávido e sereno entre as mesas de voto, abordando eleitores e interferindo num processo que deveria decorrer com total isenção e serenidade. Quando abordado pela delegada do Chega foi insurgiu-se veementemente contra a mesma".

O voto livre e transparente é a base do nosso regime, e não permitiremos que se repitam as velhas práticas de manipulação e pressão sobre os eleitores. Luís Filipe Santos, candidato do Chega ao Funchal