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Madeira

Duas dezenas apelam à paz nas Portas da Cidade no Funchal

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"Guerra não, paz sim" foi o apelo repetido em uníssimo pelas cerca de 20 pessoas que se juntaram, hoje, em vigília, junto ao monumento das Portas da Cidade do Funchal, no Largo dos Varadouros.

‘Todos Juntos Pela Paz – É Urgente Pôr Fim à Guerra’ é o mote desta iniciativa promovida, na Região, pelo Núcleo da Madeira do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), a União dos Sindicatos da Madeira (USAM) e o Projecto Ruído.

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"É realmente importante mostrar que a guerra não é a solução. Não é a procura de armamento que vai resolver estas questões todas, é sim a paz e conseguir um diálogo, através dessa paz, para que se acabe com todos os conflitos", afirmou aos jornalistas, Helena Câmara.

Antes, num breve discurso dirigido aos presentes - junto a um cartaz com a inscrição "Palestina Livre" - a representante do Projecto Ruído explicou que este movimento defende uma solução diplomática para os conflitos em curso no mundo, nomeadamente no Médio Oriente e na Ucrânia.

A única forma de resolver isto é conversarem, dialogarem, chegarem a um acordo qualquer, mas realmente ser paz, não prejudicar mais ninguém Helena Câmara, Projecto Ruído

Confrontada com as notícias dos mais recentes bombardeamentos em Israel, em vésperas do cessar-fogo na Faixa de Gaza, que terá início no domingo, a manifestante reconhece que a via pacífica está ainda longe de ser uma realidade, mas apela à solidariedade mundial.

Braço armado do Hamas pede fim de bombardeamentos na véspera do cessar-fogo

O braço armado do movimento islamita palestiniano Hamas, as Brigadas al-Qasam, assim como a 'jihad' islâmica, exigiram hoje a Israel a interrupção dos bombardeamentos em Gaza, quando se prepara para iniciar a libertação de reféns.

"Essa situação, ainda vai demorar muito, porque esse cessar-fogo ainda não está 100% confirmado. Até lá, é óbvio que vão acontecer esses atentados, mas é mesmo esperar e ver se conseguimos que mais pessoas possam vir para frente, dar a cara, e dizer que isto não está correcto", sublinhou.

Há um genocídio a acontecer, há uma guerra a acontecer, é preciso um apoio emocional, um apoio com solidariedade Helena Câmara, Projecto Ruído

Helena Câmara evidenciou também as consequências da guerra para a Madeira, realçando que "muitas vezes as pessoas não têm muita coragem" para aderir a este tipo de iniciativas ou que, simplesmente, "preferem viver na sua bolha". "Pensam ‘não está a acontecer perto de mim, não vai afectar-me’, mas as consequências vão afectar-nos", disse, lembrando a 'vaga' de refugiados ucranianos e o aumento generalizado dos preços na sequência da invasão russa.

A representante do Projecto Ruído alertou ainda para o potencial "devastador" de um eventual conflito nuclear.

Se houver alguma arma nuclear, o mundo todo vai abaixo, não há ninguém que se salve Helena Câmara, Projecto Ruído

Esta concentração está alinhada com a manifestação de âmbito nacional que decorre, também esta tarde, no Cais do Sodré, em Lisboa, convocada pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses — Intersindical Nacional (CGTP-IN ou simplesmente CGTP).

A GCTP enfatiza que a guerra tem consequências “para os trabalhadores e para os povos, tanto na perda de vidas, na destruição de infra-estruturas, de devastação do emprego, dos efeitos perversos dos bloqueios e sanções”.

Se para os trabalhadores vão tostões, para a indústria do armamento e para a guerra vão milhões. Tal como sugeriu o Secretário-geral da NATO, o governo português retira o que faz falta na saúde, na educação, na habitação para apostar na militarização, no armamento e na guerra GCTP

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