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Reconstrução após cheias na Grécia supera três mil milhões de euros

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Foto DR/Arquivo

O custo da reconstrução após as cheias destruidoras do ano passado na Grécia ultrapassará os três mil milhões de euros, afirmou hoje o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis.

"O custo global da reparação dos danos causados pelas tempestades Daniel e Elias ultrapassará os três mil milhões de euros", afirmou durante uma visita à Tessália, a região da Grécia central devastada pelas inundações de setembro passado.

Só a reparação das estradas, da rede ferroviária e das escolas custará 1,4 mil milhões de euros, acrescentou o governante.

"A rede rodoviária será reconstruída melhor do que antes", prometeu o chefe do Governo grego, especificando que a reabilitação da rede ferroviária estará concluída até ao final de 2025.

As inundações, que mataram 17 pessoas, destruíram também estradas e pontes e mataram dezenas de milhares de animais de criação.

Alguns dos projetos de reconstrução em estudo foram alvo de críticas de grupos ambientalistas, nomeadamente o projeto proposto pela HVA, uma empresa holandesa que aconselha o Governo grego.

Organizações como a Greenpeace, o WWF, a Sociedade Helénica para a Proteção da Natureza e a Sociedade Ornitológica Helénica denunciaram que estes projetos favorecem a construção de barragens "à moda antiga", em vez da gestão ecológica dos rios preconizada pela União Europeia (UE).

Na quinta-feira, estas organizações criticaram as propostas de dragagem dos rios, argumentando que a remoção de obstáculos faria com que a água corresse ainda mais depressa.

Receiam também que a reconstrução das infraestruturas faça renascer projetos com várias décadas, como o do desvio do rio Achelous, no oeste da Grécia, várias vezes rejeitado pelos tribunais administrativos.

Num comunicado de imprensa enviado à agência de notícias francesa AFP, a HVA responde aos críticos que a sua abordagem se baseia em dados científicos.

A empresa sublinha que foram estudadas soluções alternativas no âmbito de várias iniciativas da UE.

Mas, até à data, "os conhecimentos são insuficientes" para determinar se essas soluções podem ser aplicadas a projetos com a dimensão dos que serão necessários na região de Tessália.