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Madeira

Cafôfo devolve críticas a Cesário

Socialista lembra que foi o social-democrata responsável pela destruição da rede consular

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Paulo Cafôfo não aceita lições de José Cesário que numa entrevista que o novo Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas (SECP) concedeu ao DIÁRIO e na qual o novo governante aponta erros de competência e reparos ao modelo de governação socialista, acusando os serviços da rede consular estarem pior do que em 2019. Ora, Cafôfo devolve as considerações dizendo se há culpado em todo este processo é o próprio social-democrata que “foi o grande responsável porque, nos anos que lá esteve, destruiu toda a rede consular”.

dnoticias.pt — Edição Impressa

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“É bom lembrar que foi este SECP que mais tempo acumulou funções e foi o José Cesário, quando Pedro Passos Coelho foi primeiro-ministro, que mais cortes fez na rede consular, portanto falar em caos na rede consular é falar de governação social-democrata e tudo aquilo que foi feito no seu tempo”, contra-ataca as os reparos de que é alvo referindo, inclusive, que “as poucas medidas que avançou foram aprovadas por nós”.

E dá exemplos: “Atribuição de 1 milhão de euros ao associativismo foi por nós aprovado; Renovamos o sistema informático e adquirimos 2 mil computadores num valor de 3 milhões de euros. Ao nível das carreiras profissionais estabelecemos um acordo histórico com o sindicato e no qual conseguimos aumentos que não existiam há 10 anos. Valorizamos me média 27% dos vencimentos”, enumera, sublinhando que o Plano Estratégico de que Cesário diz ter “foi iniciado por mim e só não foi concluído porque o governo caiu”.

“Fala na rede consular. Pois bem: em 2023 fechamos o ano com 2 milhões de actos de produção e foram feitos mais 2,2 milhões de contactos”, aproveita para esclarecer. “Na captação de investimento emigrante, conseguimos à conta dos nossos esforços na diáspora captar cerca de 155 milhões de euros”, contabiliza o socialista que recorda o período de pandemia e alguns episódios de crise em que foi necessário proceder à evacuação de portugueses, aquando dos sismos em Marrocos e a guerra entre Israel e a Palestina, uma tarefa que obrigou uma logística cuidadosa.

“Mas, se quiser, podemos falar da rede de assistência ou médica na Venezuela na qual foi feito um esforço para aumentar com mais recursos humanos e materiais. Passamos a ter seis médicos, um adido social, enfim um trabalho para que os nosso concidadãos não passassem pelos constrangimentos que o próprio governo social-democrata deixara”, diz o ex-governante socialista que remata as crítica que lhe foram dirigidas: “Era bom que o SECP em vez de atirar pedras que as aproveite para construir o seu próprio caminho. É isso que as comunidades esperam dele. Quanto a nós temos orgulho do que fizemos, na certeza, porém, que não somos tão perfeitos quanto outros julgam ser mas que a história prova ser completamente diferente”.