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eleições legislativas Madeira

Cafôfo critica governo de gestão por "continuar a esbanjar dinheiro em 'tachos'”

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O presidente do PS-Madeira e cabeça-de-lista às eleições legislativas nacionais do próximo dia 10 criticou, hoje, "o despesismo do Governo Regional em cargos de nomeação", condenando o facto de, mesmo em gestão, "criar 'tachos' para os seus".

Esta tarde, à margem de uma visita à Feira do Livro do Funchal, Paulo Cafôfo referiu-se a uma notícia que dá conta que o anterior secretário regional das Finanças, Rui Gonçalves, até ao momento conselheiro técnico da Representação Permanente de Portugal junto da União Europeia, “tem agora um tacho à sua medida", como director regional dos Transportes e Mobilidade Terrestre.

"O novo governante só não será presidente do Instituto da Mobilidade e Transportes, porque este ainda não pode ser constituído, já que o Governo se encontra em gestão", atirou Câfofo, acrescentando que “isto é gozar com o povo” e que "um Governo em gestão não deveria tomar estas atitudes".

O candidato socialista às eleições para a Assembleia da República apontiou que, "durante os governos de Miguel Albuquerque, foram gastos 35 milhões de euros por ano em lugares de nomeação". Trata-se, como afirmou, de “um valor exorbitante” para um executivo que “devia ter outras prioridades que não estas de arranjar lugares à medida para os seus”.

Numa altura em que, “como acreditamos, irão ser marcadas eleições antecipadas por parte do senhor Presidente da República”, o presidente do PS-M frisa que "esta atitude do Governo Regional não é admissível" e espera que, "nas urnas, as pessoas dêem a resposta correcta”.

Por outro lado, Paulo Cafôfo aproveitou para destacar a importância do investimento na cultura, lembrando a "aposta" que, enquanto autarca, fez "na Feira do Livro e, acima de tudo, na cultura da cidade".

O candidato do PS, pelo círculo eleitoral da Madeira, evidenciou também o apoio do Governo da República a entidades culturais da Região, adiantando que, no âmbito do apoio às artes, no triénio 2023-2026, estão previstos quase 4 milhões de euros. "Um salto quantitativo considerável, tendo em conta que anteriormente os apoios situavam-se nos 600 mil euros", vincou.

“Há aqui um reforço substancial, o que muito diz do olhar da República em relação à cultura na Região”, insistiu, evidenciando que a aposta na cultura tem um efeito multiplicador em termos de conhecimento, inovação, criação de emprego e geração de riqueza.