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eleições legislativas Madeira

"O EuroDigital é uma armadilha e a única opção é recusá-la", diz o ADN

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Foto Miguel Espada / Aspress

O coordenador e cabeça-de-lista do partido ADN, pelo círculo da Madeira, às legislativas, veio hoje a público manifestar-se contra as criptomoedas. Miguel Pita alerta, por um lado, para a troca de dados biométricos (nomeadamente o scan da íris) em troca de moeda virtual e, por outro, para os riscos do fim do dinheiro físico.

"Um pouco à margem da Conferência de Bitcoins" que se realiza neste momento na nossa ilha da Madeira, o partido ADN aproveita a oportunidade para alertar pais e encarregados de educação para o facto de muitos jovens (incluindo menores) estarem presentemente vendendo à entidade Worldcoin, em pleno Centros Comerciais (a nível nacional e, em breve seguramente, na nossa RAM) os seus dados biométricos em troca de bitcoins, com valores a oscilarem entre os 75 e os 100 euros, colocando em risco a segurança e protecção de dados de cada um deles", expôs o candidato em comunicado de imprensa.

Por outro lado, na nota remetida às redacções este domingo, destaca "a sensibilidade desses dados biométricos (íris) serem únicos em cada um de nós (tal como a nossa impressão digital)",  o que coloca "um risco acrescido nas suas transferências para bases de dados, seu armazenamento e comercialização futura".  

"Achamos que tem de haver Legislação Nacional para impedir que os nossos dados biométricos possam ser comercializados e há que penalizar quem os compra a menores de idade em troca de moeda virtual", reforça o candidato.

Miguel Pita avisa também "todos os madeirenses e portosantenses para a evidência das criptomoedas"promoverem o fim do dinheiro físico tal como sempre o conhecemos, pois são controlados pelos CBDC's (Central BankDigital Currencies)".

"Não estão totalmente aprovados pela União Europeia e as suas transacções consistem na passagem de todos os activos para moedas digitais, sem uma regulação credível e perigosamente oscilante, onde não são taxados os respectivos lucros ou perdas, sem a supervisão bancária do BCE (Banco Central Europeu) ou Estatal, podendo simplesmente serem guardados em carteiras on-line e usados como um simples cartão de débito, mas provendo o fácil branqueamento de capital e consequente fuga aos impostos, assim como o real risco de perda total dos activos, tal como já vimos suceder em outras situações do género no passado", sustenta.