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CNE avisa que anúncios 'on-line' pagos são proibidos em campanha

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Foto Bruno Castanheira

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) alerta que a publicidade 'on-line', anónima e paga nas plataformas digitais, como o Facebook e X (ex-Twitter), é proibida durante a campanha eleitoral.

Em declarações à Lusa, o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Fernando Anastácio, afirmou que esta proibição resulta da lei 72/2015, que regula a propaganda eleitoral através de meios de publicidade comercial.

"Não pode ser anónimo" e "publicidade patrocinada, neste momento, é proibida", precisou Fernando Anastácio.

A CNE tem em curso uma investigação a possível ingerência estrangeira na campanha das eleições legislativas, depois de denúncias sobre a publicidade no Youtube contra o PS e PSD.

Fernando Anastácio afirmou que a CNE pediu informações ao Youtube na tentativa de saber quem são os responsáveis pelos anúncios, que são proibidos em campanha eleitoral.

Investigadores do MediaLab do ISCTE detetaram, pela primeira vez, "indícios de interferência externa nas eleições em Portugal", com anúncios 'on-line' que acusavam o PS de corrupção e lembra os cortes do PSD durante a 'troika'.

Estes indícios foram recolhidos pela equipa do MediaLab do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e a Empresa (ISCTE-IUL) durante uma pesquisa sobre as eleições nas redes sociais e os processos de desinformação na fase pré-eleitoral para as legislativas de 10 de março, em parceria com a agência Lusa.

Publicidade 'on-line' proibida contra PSD atinge mais de dois milhões

Investigadores do MediaLab do ISCTE identificaram publicidade anónima e paga no Facebook, que liga o líder do PSD aos cortes durante a 'troika' e que já alcançou mais de dois milhões de pessoas.