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Madeira

Começa esta semana a maior expedição ao mar profundo da Madeira

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Inicia-se esta sexta-feira, 9 de Fevereiro, a maior expedição já realizada ao mar profundo da Madeira. A expedição denominada 'JellyWeb' conta com a coordenação da GEOMAR Helmholtz Center for Ocean Research Kiel, da Alemanha e com a parceria do MARE-Madeira/ARDITI, do Museu Nacional de História Natural do Smithsonian Institution , dos EUA, da Universidade do Sul da Dinamarca e da Universidade de Hamburgo, na Alemanha.

A 'JellyWeb', que terminará a 4 de Março, acontecerá a bordo do navio RV Maria S. Merian, propriedade da GEOMAR e pretende explorar o mar menos conhecido da Macaronésia. Esta expedição é uma das cinco expedições de alto mar que aconteceram nas nossas águas nos últimos 50 anos, a maior até a data.

A iniciativa será "uma ótima oportunidade para aprender sobre os habitats únicos do fundo do mar e a vida à volta da costa", refere nota enviada.

Permitirá ainda a Região demonstrar o seu valor nos esforços globais de investigação em águas profundas, por existirem perto de zonas costeiras e porque na Madeira o clima é relativamente ameno durante todo ano.

A expedição é "mais um passo no fortalecimento das parcerias internacionais e experiência em investigação em alto mar na Madeira. Com isso, é expectável que se atraiam maiores investimentos em investigação, ajudando a desenvolver e a criar mais oportunidades de emprego altamente qualificado para a Região", explica o comunicado.

Os trabalhos, coordenados na Região pelo investigador do MARE-Madeira/ARDITI João Canning-Clode, decorrerão à volta da investigação nas áreas da biologia e ecologia marinha, especificamente nas cadeias alimentares oceânicas e o papel do zooplâncton gelatinoso.

O fundo do mar é o lar de alguns dos ecossistemas e formas de vida menos explorados do planeta. O mar profundo também é essencial para o ciclo do carbono e os ciclos dos nutrientes que sustentam a vida subaquática (e em terra) e mitigam as alterações climáticas.

O mar profundo também está ameaçado pelas pressões humanas e pelo aumento das temperaturas, por isso é necessário mais pesquisas nas profundezas, de modo a proteger toda a vida e os meios de subsistência que dependem de um oceano saudável.