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Madeira

Madeira regista o maior aumento (+15,5%) da avaliação bancária de habitação

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Em Dezembro de 2023, o valor mediano das avaliações bancárias, realizadas para pedidos de crédito para a aquisição de habitação, fixou-se em 1.718 euros por metro quadrado (euros/m2), tendo aumentado 6 euros (0,4%) face a Novembro, informa hoje o INE. "O Oeste e Vale do Tejo apresentou o aumento mais expressivo face ao mês anterior (2,1%) tendo-se verificado uma única descida na Região Autónoma dos Açores (-0,2%)", sendo que "em comparação com Dezembro de 2022, o valor mediano das avaliações cresceu 5,3%, observando-se a variação mais intensa na Região Autónoma da Madeira (15,5%) e a menor no Algarve (0,9%)", refere a autoridade estatística nacional. A nível nacional, a avaliação aumentou ao mesmo nível, mas para 1.536 euros/m2.

"No mês em análise, o valor mediano de avaliação bancária de apartamentos foi 1.703 euros/m2, tendo aumentado 4,3% relativamente a Dezembro de 2022", acrescenta o Instituto Nacional de Estatística. "Os valores mais elevados foram observados na Grande Lisboa (2.277 euros/m2) e no Algarve (2.054 euros/m2), tendo o Centro registado o valor mais baixo (1 130 euros/m2). A Região Autónoma da Madeira apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (17,4%) e a Região Autónoma dos Açores a única descida face ao mesmo período do ano anterior (-2,7%)", realça.

Já "comparativamente com o mês de Novembro, o valor de avaliação subiu 0,4%, registando o Oeste e Vale do Tejo a maior subida (1,2%) e o Algarve a maior descida (-0,5%)", sendo que na Madeira os apartamentos cresceu de 1.804 para 1.819 (+0,8%). No país, "o valor mediano da avaliação para apartamentos T2 subiu 13 euros, para 1.750 euros/m2, tendo os T3 descido 1 euro, para 1.504 euros/m2. No seu conjunto, estas tipologias representaram 80,1% das avaliações de apartamentos realizadas no período em análise", especifica.

Já no que toca às moradias, o valor mediano da avaliação bancária "foi de 1.210 euros/m2 em Dezembro de 2023, o que representa um acréscimo de 5,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os valores mais elevados observaram-se na Grande Lisboa (2.196 euros/m2) e no Algarve (2.088 euros/m2), tendo o Centro e o Alentejo registado os valores mais baixos (937 euros/m2 e 990 euros/m2, respetivamente). O Alentejo apresentou o maior crescimento homólogo (13,3%), tendo-se registado reduções no Algarve (-1,3%) e na Grande Lisboa (-0,5%)". Na Madeira, as moradias aumentaram de 1.448 euros/m2 para 1.600, representando uma evolução de 10,5% num ano.

Comparativamente com o mês anterior, "o valor de avaliação subiu 0,9%" no país. "O Oeste e Vale do Tejo e o Alentejo apresentaram o crescimento mais elevado (3,7% ambos), ocorrendo a descida mais acentuada na região Autónoma dos Açores (-1,7%)", com a Madeira a manter o mesmo valor pelo terceiro mês consecutivo, nos 1.600 euros/m2. Em Portugal, "o valor mediano das moradias T2 subiu 24 euros para 1 174 euros/m2, tendo as tipologias T3 subido 17 euros para 1 204 euros/m2, e as T4 descido 4 euros, para 1 238 euros/m2. No seu conjunto, estas tipologias representaram 89,8% das avaliações de moradias realizadas no período em análise".

Diz ainda o INE que o Índice do valor mediano de avaliação bancária, em Dezembro de 2023, coloca "a Grande Lisboa, o Algarve, a Península de Setúbal, a Região Autónoma da Madeira e o Alentejo Litoral" com os "valores de avaliação 47,6%, 34,4%, 14,1%, 11,8% e 9,0%, respetivamente, superiores à mediana do país", sendo que "Beiras e Serra da Estrela, Alto Alentejo e Alto Tâmega e Barroso foram as regiões que apresentaram valores mais baixos em relação à mediana do país (-47,9%, -46,6% e -45,7% respetivamente)".

Em termo anuais, "o valor mediano de avaliação para 2023 fixou-se em 1.521 euros/m2, o que se traduziu num acréscimo de 8,6% relativamente ao ano anterior. Observou-se um crescimento do valor de avaliação em todas as regiões NUTS II, tendo a Região Autónoma da Madeira apresentado a variação mais intensa (20,2%) e o Centro o menor aumento (6,2%)", acrescenta. Por tipologia e por NUTS II (agora 9 e não sete como anteriormente), nas taxas de variação anual "destacam-se os aumentos mais intensos nos valores de avaliação bancária no 3.º quartil (21,8%) e no 1.º quartil (17,8%) na Região Autónoma da Madeira, e as menores variações no 3.º quartil no Centro e na Grande Lisboa (6,2% e 6,4%, respetivamente)", conclui.