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'Madeira Primeiro' critica Lisboa pela falta de apoio à renovação da frota pesqueira da Região

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“Como toda a gente sabe, temos barcos com mais de 30 anos, sem condições de habitabilidade, sem condições de segurança e sem condições de trabalho e é incompreensível que o Governo Português não garanta o investimento à sua renovação”. As palavras são do cabeça-de-lista da coligação 'Madeira Primeiro' (PSD/CDS), Pedro Coelho, numa visita à freguesia do Caniçal, onde, depois de contactar com alguns pescadores, criticou a falta de apoio do Estado nesta matéria, "pese embora as insistências que têm vindo a ser feitas pela  Região, todos os anos, nos pareceres que apresenta ao Orçamento do Estado".

“A Região tem chamado a atenção para que o Governo da República inscreva verbas no Orçamento do Estado para apoiar este sector”, disse Pedro Coelho, lembrando que os fundos europeus consagram apoios à renovação da frota pesqueira, mas que há exemplos, como sucede no caso do Estado Francês que apoia as suas Regiões Ultraperiféricas, que deviam e podiam ser seguidos pelo Estado português.

O ex-autarca de Câmara de Lobos, precisamente uma terra muito ligada às actividades do mar, lembrou que, perante “esta falta de investimento e de respeito” para com os pescadores madeirenses, “é o Governo da Região que tem feito esse trabalho”, alocando verbas para garantir a renovação da frota pesqueira no Orçamento Regional, designadamente 1 milhão de euros para 2024, num valor global de 5 milhões de euros que serão investidos nos próximos anos.

Julgamos que é fundamental que se garanta o apoio do Estado a este sector, um grande setor que já representa um volume de negócios superior aos 16 milhões de euros e insistir nessa garantia é um dos nossos compromissos. Pedro Coelho, cabeça-de-lista da coligação 'Madeira Primeiro'

Deixou ainda claro que a Região tem apoiado e vai continuar a apoiar os pescadores, ainda que num valor que se revela insuficiente para corresponder às necessidades, tanto mais quando se trata de um sector que não pode parar e do qual dependem muitas famílias madeirenses, que também são portuguesas.