Paulo Cafôfo, lider do PS-M afirmou no 24º Congresso que as questões da Madeira são também questões nacionais. Estou plenamente de acordo, embora o Governo Regional use as questões da Região como arma de arremesso contra o Governo Central e não com intenção de resolver os nossos problemas. Cafôfo deveria, antes de mais, exigir ao Governo da RAM que trate esses problemas com mais seriedade e menos interesse partidário, em proveito da Madeira e dos madeirenses. Não concordo quando ele fala em aprofundar a autonomia. A Região já tem autonomia há 40 anos e sempre foi usada em proveito do PSD-M e dos interesses dos amigos do regime. Primeiro usem-na para servir a Madeira e depois tratem de aprofunda-la. A mobilidade para os madeirenses é importante mas sempre foi mal negociada com arrogância e má vontade por isso estamos há tantos anos num impasse. A questão do Ferry ou a continuidade territorial foi sempre tratado como uma questão menor, apenas para o GR ter um pretexto para denegrir a República. As propostas de revisão constitucional apresentadas pela maioria Psd-M na ALR só pensam na Madeira e nunca num todo Nacional .Não é com arrogância e prepotência que se negoceia, pois nenhuma das partes gosta de aceitar sob pressão ou exigência. Usem a diplomacia, o bom senso, a boa vontade e sobretudo a inteligência. Perguntem ao chatGPT, I.A., como se negoceia e poderão acabar com o impasse. Paulo Cafôfo está a entrar na cantilena do PPD para tentar agradar aos madeirenses mas acho que não vale a pena porque isso já foi chão que deu uvas, e já estamos com os olhos mais abertos. Cafôfo deveria, antes, perguntar porque não se aprofunda o Estatuto Político Administrativo da RAM que ainda permite que o G.R. não cumpra o limite de mandatos como se verifica em todo o território, inclusive com os presidentes das Câmaras e Juntas de Freguesia. E ainda querem mais autonomia? As negociações sempre foram tratadas no supremo interesse partidário por isso ninguém as leva a sério.

Juvenal Rodrigues