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Comissão Europeia revê em baixa crescimento económico de Itália para 0,9% em 2023

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A Comissão Europeia reviu hoje em baixa o crescimento económico de Itália para 0,9% em 2023 e para 0,8% em 2024, menos 0,3 pontos percentuais em cada ano face à primavera, foi hoje anunciado.

De acordo com as previsões intercalares de verão da Comissão Europeia, hoje divulgadas em Bruxelas, as despesas de consumo foram travadas pelo menor rendimento disponível real das famílias devido à elevada inflação em 2022, à medida que as poupanças anteriormente acumuladas foram diminuindo.

Bruxelas antecipa que uma subida muito gradual dos salários, juntamente com condições de emprego ainda favoráveis, deverá provocar um ligeiro aumento do consumo privado ao longo de 2024, apesar da expiração planeada de todas as medidas temporárias de apoio ao rendimento.

O investimento deverá contrair-se no resto de 2023 e depois recuperar moderadamente em 2024, uma vez que a queda na construção de habitações é compensada por aumentos apoiados pelo PRR no investimento em infraestruturas e equipamento, refere a Comissão, referindo que as exportações líquidas deverão dar um menor apoio ao crescimento em 2024, após um contributo positivo em 2023.

Em relação à inflação medida pelo IHPC, Bruxelas espera que esta registe uma moderação para 5,9% em 2023 e para 2,9% em 2024.

Bruxelas afirma que embora os preços da energia tenham diminuído durante os primeiros meses de 2023, não se espera que continuem a exercer uma pressão em baixa sobre a inflação em 2024, também devido à eliminação planeada de medidas temporárias adotadas para atenuar o impacto dos preços elevados da energia.

A Comissão afirma que se prevê que os preços médios no consumidor mais elevados se repercutam nos custos do trabalho apenas parcialmente e com um desfasamento substancial, explicando que este facto se deve, por um lado, à longa duração dos acordos e negociações salariais, e, por outro lado, à indexação dos salários contratuais a uma medida da inflação interna que exclui o impacto da inflação da energia importada.