Turismo Madeira

Alojamento turístico na Madeira acumula 293,4 milhões de euros de proveito total

Foto Shutterstock
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O alojamento turístico na Região Autónoma da Madeira acumulou desde Janeiro até Junho de 2023 um total de 293,4 milhões de euros de proveitos totais, dos quais cerca de 207,3 milhões foram referentes aos proveitos de aposento. Com um total de 872,1 mil hóspedes entrados nos alojamentos desde 1 de Janeiro até 30 de Junho (embora o total de hóspedes alojados nos seis meses aponte para 982 mil, pois inclui os que transitaram de mês), as dormidas ascendem já a 4.349.600 (quase 4,35 milhões), apenas a estada-média (número de noites) diminuiu (4,43 noites ou menos 3,1%), uma vez que tanto a taxa de ocupação-cama (63,3%) como a taxa de ocupação-quarto (73,8%), bem como o rendimento por quarto disponível (RevPAR), com 67,15 euros, e o rendimento por quarto utilizado (ADR), com 91,03 euros, representaram crescimentos face ao período homólogo de 2022.

De acordo com os dados provisórios da Direcção Regional de Estatística da Madeira, é preciso antes de mais referir que esta "mantém o modelo do ano anterior, divulgando um agregado que compreende a hotelaria, o turismo no espaço rural e todo o alojamento local, independentemente do número de camas. Por sua vez, o Instituto Nacional de Estatística (INE), na sua divulgação, exclui o alojamento local com menos de 10 camas, pelo que nesta publicação é mencionado um total geral superior ao do INE, no que respeita a hóspedes e dormidas. Para as variáveis taxas de ocupação, quartos, proveitos e custos com o pessoal, os valores são coincidentes com os do INE pelo facto do seu apuramento excluir o alojamento local abaixo das 10 camas".

Por isso, os indicadores são condicionados por esta particularidade de não reflectirem a totalidade da realidade regional.

Ainda assim, "as estimativas referentes a Junho de 2023, revelam que 91,5% dos estabelecimentos do alojamento turístico da RAM registaram movimento de hóspedes neste mês. Analisando por segmento, verifica-se que a hotelaria é aquele que apresenta maior percentagem de estabelecimentos com movimento de hóspedes (92,6%), seguida do alojamento local, com 91,5%, e do turismo no espaço rural, com 89,6%", refere a DREM. "No mês de Junho de 2023, o número de dormidas no alojamento turístico aproximou-se dos 962,2 mil, traduzindo um acréscimo de 2,8% em comparação com o mês homólogo (936,0 mil). De sublinhar que, excluindo o alojamento local com menos de 10 camas, as dormidas do alojamento turístico registaram uma quebra de 0,8% relativamente a Junho de 2022, variação inversa à verificada a nível nacional (+3,7%). Os proveitos totais e os de aposento, em Junho de 2023, apresentaram crescimentos homólogos de 11,1% e 14,5%, respetivamente, fixando-se, pela mesma ordem, nos 59,1 e 41,7 milhões de euros. No País, no mês em referência, as variações homólogas foram igualmente positivas, tanto nos proveitos totais (+14,0%) como nos de aposento (+15,5%)".

Como referido, de Janeiro a Junho de 2023, as dormidas no total do alojamento turístico na Região registaram um acréscimo de 22,4% face ao período homólogo, ultrapassando os 5,1 milhões (contabiliza-se aqui todo o sector, incluindo os AL com menos de 10 camas), enquanto os proveitos totais e de aposento aumentaram 33,1% e 37,9%, respetivamente, rondando os 293,4 e os 207,3 milhões de euros". E acrescenta: "É importante realçar que a hotelaria concentrou 74,7% das dormidas de junho de 2023 (718,6 mil), decrescendo 2,2% em termos homólogos, enquanto o alojamento local (23,0% do total) e o turismo no espaço rural (2,3% do total) cresceram 22,1% e 12,9%, pela mesma ordem. De Janeiro a Junho de 2023, a hotelaria registou um crescimento de 17,1% nas dormidas, fixando-se estas nos 3,8 milhões."

Diz ainda a DREM que "no mês de Junho de 2023, o valor da estada média no conjunto do alojamento turístico registou uma descida relativamente ao mesmo mês do ano anterior (4,80 noites), fixando-se nas 4,49 noites", tal como referido acima.

Enquanto que "a taxa de ocupação-cama do alojamento turístico, no mês em referência, foi de 69,1%, 1,5 pontos percentuais (p.p.) abaixo do observado no mês homólogo (70,6%). Por sua vez, a taxa de ocupação-quarto atingiu os 80,0% (81,4% em Junho de 2022)". E acresce que nesse mês, "o RevPAR (proveitos de aposento por quarto disponível) rondou os 79,48 euros no conjunto do alojamento turístico (excluindo o alojamento local abaixo das 10 camas), +13,7% que no mesmo mês do ano precedente. Comparando com o valor de junho de 2019 (49,08 euros), verificou-se também um aumento, de 62,0%. Se se restringir a análise à hotelaria, aquele indicador evidenciou um crescimento homólogo de 14,5%, tendo o seu valor se situado nos 85,71 euros (+61,2% que em junho de 2019). De janeiro a junho de 2023, verificou-se um RevPAR de 67,15 euros no conjunto do alojamento turístico (+31,6% em relação ao período homólogo) e de 71,74 euros no sector da hotelaria (+32,3%)".

"Por sua vez, o proveito por quarto utilizado (ADR) no alojamento turístico passou de 85,84€, em Junho de 2022, para 99,35€, em junho de 2023 (+15,7% de variação homóloga). No primeiro semestre de 2023, o ADR, cresceu 16,4%, fixando-se nos 91,03 euros", frisa a DREM.

Já na análise das dormidas nos principais mercados emissores internacionais, "verificaram-se variações homólogas positivas, no mês de Junho de 2023, exceto no mercado britânico, que apresentou uma quebra de 6,2%. O mercado francês sobressaiu, registando o crescimento mais elevado, de 18,7%, seguido do mercado alemão, com um aumento de 2,1%. As dormidas originadas pelo mercado nacional revelam um decréscimo face a Junho de 2022 (-10,3%), quebrando a tendência positiva que se vinha a verificar desde Março de 2021", altura em que foram levantadas as maiores restrições às viagens.

Por fim, "em termos acumulados (de Janeiro a Junho de 2023), os principais mercados emissores apresentaram igualmente crescimentos homólogos nesta variável, sendo o mercado francês aquele que revelou o aumento mais expressivo, de 23,4%, seguido dos mercados da Alemanha, Portugal e Reino Unido, com acréscimos homólogos de 22,5%, 20,7% e 9,6%, respetivamente".

Por concelhos os dados provisórios referentes ainda a Maio, Ribeira Brava foi o que mais cresceu, embora seja de destacar que os dois principais municípios em termos turísticos tenham crescido abaixo da média regional (vide imagem-grafismo).